Entre as inúmeras mulheres que ao longo da história da salvação foram
sinal de santidade, amor e serviço a Deus, quatro delas ganharam um
destaque especial, elas ganharam o título de “Doutora da Igreja
Universal”. O título é dado para aqueles que deixaram uma contribuição
fundamental para a compreensão de algum ponto da doutrina da Igreja e
sua vivência.
As quatro mulheres doutoras da Igreja são: Santa Teresa de Ávila,
Santa Catarina de Sena, Santa Teresinha do Menino Jesus e Santa
Hildegarda de Bingen.
Santa Teresa D’Ávila
Teresa de Jesus nasceu e morreu na cidade de Ávila, Espanha, de 1515 a 1582, ela foi a grande reformadora do Carmelo,
No ano de 1970, o Papa Paulo VI, durante uma missa, concedeu o título
de doutora a santa. Paulo VI disse durante a homilia que Teresa era uma
mulher excepcional, que irradiou ao mundo uma vitalidade humana e um
dinamismo espiritual incrível.
Falou ainda que Teresa foi uma grande mestra de oração e da vida
espiritual para a Igreja, e que esses ensinamentos a fizeram doutora.
Santa Catarina de Sena
A santa dominicana também foi proclamada Doutora da Igreja em 1970
por Paulo IV. Catarina nasceu em 1347 na Itália e viveu até 1380.
Catarina atuou firmemente na defesa da Igreja e do Papa,
principalmente no período em que muitos conflitos surgiram contra o
Papa. A santa dirigiu “exortações aos Cardeais e a muitos Bispos
e Sacerdotes, sem deixar de fazer fortes repreensões, mas sempre com
humildade e respeito pela sua dignidade de ministros do Sangue de Cristo”, lembrou Paulo VI.
“’A doutrina de Santa Catarina não era adquirida; ela mostrava-se
mais como mestra do que como discípula’, declarou o próprio Pio II, na
Bula de Canonização. Realmente, quantos fulgores de sabedoria divina,
quantas exortações à imitação de Cristo em todos os mistérios da sua
vida e da sua paixão, quantas admoestações eficazes sobre a prática das
virtudes, próprias dos vários estados de vida, se encontram a cada
passo, nas obras de Santa Catarina!”, disse Paulo VI na homilia da missa
de proclamação do título.
Santa Teresinha do Menino Jesus
Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face foi proclamada Doutora
pelo Papa São João Paulo II, em 1997. Teresinha nasceu e viveu na
França entre 1873 e 1897.
“Entre os ‘Doutores da Igreja’, Teresa do Menino Jesus e da
Santa Face é a mais jovem, mas o seu ardente itinerário espiritual
demonstra muita maturidade, e as intuições da fé expressas nos seus
escritos são tão vastas e profundas, que a tornam digna de ser posta
entre os grandes mestres espirituais”, disse João Paulo II na homilia em que proclamou Santa Teresinha doutora.
Santa Hildegarda de Bingen
Santa Hildegarda de Bingen nasceu na Alemanha, e viveu entre 1098 e
1179, foi proclamada Doutora da Igreja pelo Papa Bento XVI, em 2012.
Hildegarda foi uma monja beneditina, mística, teóloga e com várias
obras na área da medicina e das ciências naturais. João Paulo II a
definiu como “luz do seu povo e do seu tempo”.
Veja o que Bento XVI falou sobre Santa Hildegarda no dia em que a proclamou doutora:
“No horizonte da história, esta grande figura de mulher se define
com clareza límpida por santidade de vida e originalidade de doutrina.
Aliás, como para qualquer experiência humana e teologal autêntica, a sua
importância supera decididamente os confins de uma época e de uma
sociedade e, não obstante a distância cronológica e cultural, o seu
pensamento manifesta-se de atualidade perene.
A atribuição do título de Doutor da Igreja universal a Hildegarda
de Bingen tem um grande significado para o mundo de hoje e uma
extraordinária importância para as mulheres. Em Hildegarda
resultam expressos os valores mais nobres da feminilidade: por isso
também a presença da mulher na Igreja e na sociedade é iluminada pela
sua figura, tanto na ótica da pesquisa científica como na da ação
pastoral. A sua capacidade de falar a quantos estão distantes
da fé e da Igreja fazem de Hildegarda uma testemunha credível da nova
evangelização”.
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