Na História
da Igreja, certas pessoas sentem-se chamadas a grandes sacrifícios tais
como o jejum frequente, a utilização de uma veste áspera, de um cilício
ou ainda de uma disciplina. As vidas de numerosos grandes santos,
apresentados como modelo de santidade, atestam-no: São Francisco de
Assis, Santa Teresa de Ávila, Santo Inácio de Loyola, São Tomás Moro,
São Francisco de Sales, São João Maria Vianney e Santa Teresinha do
Menino Jesus.
New Catholic Encyclopedia (2003)«Submeter deliberadamente os impulsos naturais do homem com vista ao domínio progressivo desses impulsos à razão esclarecida pela Fé e para os transformar em sujeitos de santificação. Jesus Cristo pedia esta renúncia a quem queria segui-l’O (Lc 9, 29). A mortificação, o que S. Paulo chama crucifixão da carne com os seus vícios e concupiscência (Gal 5, 24), transformou-se no sinal distintivo dos que pertencem a Cristo.
Os que procuram progredir na perfeição cristã devem mortificar-se mais do que os crentes correntes. Cristo fez da Cruz o preço a pagar para O seguir de perto (Lc 14, 33)
Desde os princípios da era cristã, são numerosos os que abraçaram uma vida de mortificação na imitação do Senhor. Aqueles que atingem uma grande santidade são constantemente impulsionados a assemelhar-se a Ele nos seus sofrimentos. Mas, porque as grandes mortificações, representam um certo risco, aconselha-se submeter todas as penitências à aprovação dum director espiritual prudente.»
Sagrada Escritura
«Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias, e siga-Me».
Lucas 9, 23
«Eu, agora,
alegro-me nos meus sofrimentos por vós e completo na minha carne o que
falta à Paixão de Cristo pelo Seu corpo, que é a Igreja ».
Carta de São Paulo aos Colossenses 1,24
Catecismo da Igreja Católica (1997)
Catecismo da Igreja Católica (1997)
«Unindo-nos ao seu sacrifício, podemos fazer da nossa vida um sacrifício para Deus» (n. 2100).
«O caminho
da perfeição passa pela cruz. Não há santidade sem renúncia e sem
combate espiritual. O progresso espiritual implica a ascese e a
mortificação que conduzem gradualmente a viver na paz e no gozo das
bem-aventuranças». (n. 2015)
Papa João XXIII
Papa João XXIII
«Nenhum
cristão pode crer com perfeição, nem o Cristianismo ganhar vigor, se não
se apoia sobre a penitência. Por isso na nossa constituição apostólica
proclamando oficialmente o segundo Concílio do Vaticano, se estimula os
fiéis a fazerem uma preparação espiritual digna para este acontecimento
pela oração e outros actos de virtude cristã, nós incluímos o conselho
de não desprezar a prática voluntária da mortificação.»
Encíclica Paenitentiam Agere, sobre a prática da penitência interior e exterior, 1 de Julho de 1962
Papa Paulo VI
Papa Paulo VI
Constituição Apostolica Paenitemini, 17 de Fevereiro de 1966
Jordan Aumann O.P.
«Uma das maiores maravilhas da economia da graça divina é a solidariedade íntima entre as pessoas através do Corpo Místico de Cristo. Deus aceita o sofrimento de uma alma em graça que se oferece para a salvação de uma outra alma ou pelos pecadores em geral. É impossível medir a força redentora do sofrimento oferecido à justiça divina com uma Fé viva e um ardente amor através das chagas de Cristo. Quando todo o resto falha, há ainda o recurso ao sofrimento para obter a salvação do pecador. O Cura d’Ars (S. João-Maria Vianney) disse uma vez a um sacerdote que se lamentava da tibieza dos seus paroquianos e da esterilidade do seu zelo: «Pregou? Rezou? Jejuou? Utilizou as disciplinas? Dormiu no chão? Se ainda não fez isso, não tem o direito de se queixar.»
Spiritual Theology, Londres, Sheed et Ward. 1993, p. 172
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