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O Enkan, símbolo da Seicho-No-Iê, representa: a unidade do Universo; e as três religiões, Xintoísmo, Budismo e Cristianismo. |
Desmascarando a Seicho-No-Iê: O que os líderes desta seita não informam aos membros?
I – HISTÓRICO
O movimento Seicho-no-iê foi iniciado por
Taniguchi Masaharu, nascido a 22 de novembro de 1893, na Vila de
Karasuhara, município de Kobe, no Japão. Devido à pobreza de seu lar,
foi educado por seu tio, de maneira severa. Seu temperamento era
retraído e entregava-se à leitura com avidez.
Começou a sentir desgosto
pela vida e a maldizer a sociedade. Já adulto, teve vários casos de
amor, a tal ponto que sua consciência dolorida não o deixava dormir.
Contraíra doenças venéreas e pensava tê-las transmitido a uma menina,
sobrinha de um chefe seu. Somente sua auto-sugestão de que não existia
doença o tranqüilizou, curando-o da insânia e aliviando sua consciência
por um período de tempo.
Depois de terminar a escola secundária,
apesar da oposição de seus pais adotivos, inscreveu-se na Faculdade de
Literatura Inglesa da Universidade Waseda, em Tóquio. Alimentava então
idéias pessimistas sobre a vida, e procurava uma explicação lógica do
mundo e do homem.
Taniguchi entregou-se ao estudo teórico e
prático das ciências psíquicas que exerciam atração sobre ele e nas
quais depositava a confiança de que poderiam salvar espiritualmente o
homem e a sociedade.
Quando a Primeira Guerra Mundial estava no auge, imperava no Japão uma literatura moralizante, espiritualista e nacionalista.
Taniguchi dedicou-se novamente à leitura e
descobriu uma sutra budista (daizokio), tirando dela o ensinamento
fundamental: “Não existe matéria, como não existem doenças: quem criou
tudo isso foi o coração… Segue-se disso que a doença pode ser curada com
o coração…” Este conceito tornou-se fundamental no Seicho-no-iê.
Em dezembro de 1922 Taniguchi partiu para
Tóquio. Escreveu uma dissertação sobre a natureza religiosa do homem,
intitulada: Para a Santidade. Estabeleceu os fundamentos da filosofia de
Taniguchi: a “Teologia do movimento Seicho-no-iê”. Em 1923 escreveu o
livro Crítica a Deus, tendo Judas, o traidor, como herói. Leu Tanisho,
livro escrito por um discípulo de Shinram que desenvolveu a idéia do
Tariki (salvação pela fé). Para Taniguchi as pessoas não precisavam de
uma religião que lhes incutisse o medo, mas que trouxesse uma salvação
amigável.
Deixou influenciar-se pelas
teorias de Bergson, pela lei da ação criadora do coração do livro de
Holmes Zenwicke (americano), pela vontade de poder de Adler. Assim leu
psicologia, espiritismo e estudou a ciência cristã. Recebeu a revelação
divina (shinsa): “Não existe matéria, mas existe a realidade” (jissô) –
ensino básico do Seicho-no-iê. “Você é realidade, você é Buda, você é
Cristo, você é infinito e inesgotável.“
Taniguchi misturou introspecção
psicológica e fenômenos psíquicos curando os doentes através da
auto-sugestão. Tornou-se um verdadeiro feiticeiro do século XX. Em 1922,
Taniguchi lançou uma revista, denominada Seicho-no-iê. A fama dela
aumentou; em junho de 1930, Taniguchi inaugurou uma secretaria de
imprensa. Em 1934 estabeleceu a direção do movimento em Tóquio;
divulgava a fonte do fluido psíquico que garantia saúde aos amigos.
Prometeu que a assinatura da revista garantiria afastar o medo de
qualquer mal. Em 1935 começou a imprimir grandes anúncios nos jornais,
semanalmente. Logo os assinantes chegaram a trinta mil. Em 1936
registrou o Seicho-no-iê como associação Cultural. Em 1941 transformou-o
em seita religiosa centralizada no “Komio”, espécie de deus pessoal ao
qual se dirigem orações. Durante a Segunda Guerra, a seita colaborou com
os nacionalistas, influenciando os operários das indústrias bélicas e
os colonizadores da Manchúria. Depois da guerra, Taniguchi foi expulso
pelo general MacArthur; a filha Emiko assumiu a chefia do Seicho-no-iê.
Taniguchi escreveu uma obra de 40 volumes: Simei no Jissô (Verdade da Vida) – livro básico do movimento
Tendo início em 1930, como simples
movimento filosófico, psicológico e cultural para propagar certas
verdades, o Seicho-no-iê foi adquirindo aos poucos a conotação de
religião. Na década de 1940 o movimento foi registrado como religião
pelo governo japonês. É a mais eclética de todas as novas religiões. É
uma miscelânea das grandes religiões tradicionais, como o cristianismo, o
xintoísmo e o budismo, com psicologia, filosofia, medicina e literatura
moderna. Os adeptos são até aconselhados a praticá-lo, continuando em
suas religiões de origem. O “Kanro no hou” é utilizado como oração e
como amuleto.
O emblema central do grupo Seicho-no-iê é formado pelo sol, dentro do qual se vê a lua, a cruz suástica, demonstrando a síntese que realizou das grandes religiões:
Seicho-no-iê significa abrigo, casa, lar do crescimento, da plenitude da vida, amor, sabedoria, abundância e todos os demais bens em grau infinito.
Em 1949, o professor Hardmann foi aos
Estados Unidos e pediu que Taniguchi Masaharu pudesse desenvolver
livremente a sua atividade. A petição estava assinada por americanos de
origem japonesa. Taniguchi continua sendo a alma do movimento. Em 1963
empreendeu sua primeira viagem de conferências pelo mundo, visitando o
Canadá, Estados Unidos, México, Peru, Brasil, Inglaterra, Alemanha,
Suécia, Suíça, França e Itália. Nos Estados Unidos recebeu o título de
Doutor em Filosofia do Religious Science Institute.
Chegou ao Brasil em 1930, com os imigrantes japoneses
Somente depois de 1951 começou a tomar
maior impulso, porque suas obras começaram a ser publicadas em
português. A sede está na capital paulista desde 1955; há uma Academia
em Ibiúna, onde os fiéis se reúnem para o exercício de desenvolvimento
espiritual. No dia l0 de agosto de 1952, autorizada pela Sede
Internacional da Seicho-no-iê, no Japão, foi instituída a Sociedade
Religiosa Seicho-no-iê no Brasil, hoje Igreja Seicho-no-iê. Está
espalhada principalmente pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro,
Mato Grosso, Goiás, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco.
As primeiras obras da
Seicho-no-iê editadas em português começaram a circular em Goiás por
volta de 1970, sendo a principal difusão do movimento a realização de
seminários, palestras e conferências por professores de filosofia da
Seicho-no-ié. Brasilia já possui sua sede própria em edifício típico do
Japão.
Em Goiás, o primeiro templo construído
foi o de Inhumas, e é dirigido pela comunidade local, sediando assim um
importante núcleo. Em setembro de 1981 foi realizado um importante
seminário no Ginásio Emmanuel, Goiânia. Os lucros das refeições vendidas
foram revertidos para a construção do templo na capital goiana. Em
Pernambuco, desde junho de 1975 começou a funcionar em Recife o Núcleo
Central, com representações em Garanhuns, Caruaru, Olinda e Paulista. O
Núcleo Central de Recife ainda é responsável pelos núcleos de Natal (RN)
e João Pessoa (PB). Circula entre nós a revista Acendedor, órgão do
novo movimento, cuja distribuição é gratuita e sistemática, bem como a
de uma espécie de calendário com mensagens estimuladoras e positivas.
II – DOUTRINAS E A REFUTAÇÃO
1) O Mal – A Seicho-no-iê é uma das cento e trinta novas religiões do Japão, e sua doutrina resume-se em três principais proposições: matéria
não tem existência real, só existe a realidade espiritual; o mal não
existe, é pura ilusão da mente humana; o pecado também não existe, é
mera ilusão.
“Os males não têm existência
real; nada mais são que simples sombra de imaginação.” “O mal, a
infelicidade, a doença, a depressão econômica, apagam-se quando são
firmemente negados, porque eles nada mais são do que ilusões falsamente
criadas pela morte.” “Os sofrimentos nada mais são do que projeções da
nossa mente em ilusão” (Convite à Prosperidade, p. 16, 27 e 71).
A saída para evitar o mal é meditar sobre
a verdadeira realidade, que é perfeita; o espírito pode dominar o
material e mudá-lo. Não só Taniguchi mas qualquer pessoa é
potencialmente Buda e Jesus.
REFUTAÇÃO:
Se o mal é realmente uma ilusão, como
explicar os terríveis acontecimentos à nossa volta? Deus é bom. Será ele
responsável pelo mal que acontece no mundo? Além de a realidade
demonstrar que existe o mal, a doutrina da Seicho-no-iê é antibíblica.
Desde o princípio da criação o bem e o mal estão presentes (Gên. 2, 9).
Jesus ensinou esse princípio quando contou a parábola dos lavradores
maus; ela nos mostra que o mal está dentro do coração do homem. O mal é
uma oposição deliberada contra Deus: é seguir nosso próprio caminho sem
tomar conhecimento de que somos filhos de Deus.
Paulo nos ensina que a nossa luta neste
mundo é contra o mal, que quer dominar nossa vida (Rom. 7, 15-25; Ef.
6,12; 1Cor. 15,50). Malaquias profetizou que há um julgamento para os
que praticam o mal (Mal. 3). Os outros profetas também falaram contra o
mal. João Batista pregou que o machado está posto sobre os que praticam o
mal (Mat. 3 , l0).
“Dizer que o mal é uma ilusão é
contradizer não somente a Bíblia, que é a Palavra de Deus, mas também
ignorar a experiência diária da vivência dos homens em sociedade.”
2) O Pecado: Na revista Acendedor, nº 75, p. 36, há o artigo “O Pecado Não Existe”, da autoria de Taniguchi.
REFUTAÇÃO:
Tal afirmação não tem
fundamentos, pois é anticientífica, anti-social, sem lógica. Qualquer
pessoa racional, de bom senso, observa através da história que alguma
coisa está errada com o homem. Não somente os religiosos, mas também os
psicólogos e sociólogos admitem o erro que existe no homem e que
perturba o seu ajustamento consigo mesmo e com os outros. A
Bíblia chama esse erro, esse desvio, de pecado, corrupção, iniqüidade,
em contraste com Deus, santo, puro, verdadeiro. “Por um homem entrou o
pecado no mundo” (Rom. 5,12). Trouxe morte física e espiritual (Gên.
2,15-17; Rom. 5,12, 23; Ef. 2,1-3). O pecado domina o homem (Rom.
7,19,20). Cristo morreu pelos nossos pecados e salva o homem dos pecados
e da condenação (II Cor. 5,21; 1 Ped. 2,24; Rom. 5,1-11). A
Seicho-no-iê não admite o pecado mas fala em culpa, crime, perdão,
purificação, mácula, aprimoramento, preguiça, maldade, desgraça,
calúnia. Diz que não existe doença, mas prega a cura!
3) Doenças: As doenças
não existem; a dor não é real, porque a matéria não tem existência real.
As formas físicas, materiais, não passam de sombras da luz celeste a
refletir-se sobre a terra. Tudo o que acontece no mundo material é
reflexo da mente. “O como carnal não sente dores porque não é matéria”
(Acendedor, n.° l10, p. 7). “Como Deus não criou a doença, a doença não
existe.” “De agora em diante não existirá mais nenhum sofrimento,
nenhuma tristeza, nenhuma decepção e nenhum desapontamento” (Convite à
Prosperidade, p. l6).
REFUTAÇÃO:
A Seicho-no-iê ensina que os seguidores
precisam controlar suas mentes. O homem deve procurar sua própria
felicidade, mentalizando-a. A própria ciência já fez descobertas
extraordinárias: Não somente o homem e os animais sentem dor, mas também
as plantas. A Seicho-no-iê prega que “se por acaso a vida apresenta um
estado de imperfeição, está doente, significa que você não está
contemplando mentalmente a vida de Deus que habita em seu íntimo”
(Convite à Prosperidade, p. 53). Nos capítulos 11 e 12 de II Coríntios,
Paulo descreve o seu sofrimento por amor a Cristo: açoitado pelos
judeus; apedrejado; naufragou; em perigo; sentiu dores. Pediu ao Senhor
que o livrasse do espinho na carne (sofrimento), mas Deus lhe respondeu:
“A minha graça te basta” (II Cor. 12,9). A experiência de Paulo, de Jó e
de outros servos de Deus mostra claramente que as doenças não são uma
ilusão da mente da pessoa e sim uma realidade. O próprio Jesus Cristo
sentiu a dor e o sofrimento em sua carne e pediu que Deus passasse dele
esse cálice. A própria experiência humana, fora dos limites
da Seicho-no-iê, atesta a realidade da doença, da dor e do sofrimento;
em sã consciência, ninguém pode negá-los. Os cristãos,
entretanto, sabem enfrentar a dor, o sofrimento, a morte, a doença, com
dignidade, sabendo que “todas as coisas concorrem para o bem daqueles
que amam a Deus” (Rom. 8,28).
Se não existisse a doença, como a Seicho-no-iê prega curas milagrosas através de seus livros e revistas?
4) O Homem na doutrina da Seicho-no-iê
Para a Seicho-no-iê todos os homens são
filhos de Deus: os ladrões, os assassinos, os terroristas. O homem é
bom. Sem o homem Deus não pode manifestar-se. O homem é puro e perfeito.
Como filho de Deus o homem também é Deus. O homem se eleva à condição
de Deus pela libertação da consciência do pecado. Não existe matéria,
nem carne, nem corpo.
REFUTAÇÃO:
Cristo chamou os fariseus de sua época de
filhos do Diabo (João 8,44). Paulo falou em filhos de Deus e filhos do
Diabo (At. 13,10). Somente é filho de Deus aquele que recebe a Cristo
pela fé (João 1,11-12). O homem é tão bom que está se destruindo, um ao
outro; está destruindo o mundo que o rodeia; está destruindo os animais.
Os sociólogos estão desiludidos e não sabem encontrar a resposta para
tantos problemas existentes entre os homens. Vemos que o homem sem Deus é
uma tragédia total! A Seicho-no-iê diz que o homem é imortal. Não
admite a realidade da velhice. Entretanto, o envelhecimento do próprio
Taniguchi, com mais de 90 anos de idade, e de todos os seus seguidores,
prova a falácia dos seus ensinamentos, sua inconsistência, a incoerência
de suas teorias, a ilusão (isso sim) de suas verdades.
5) Deus na Seicho-no-iê
A Seicho-no-iê tem a ousadia de criticar o Pai-Nosso. Diz que os cristãos têm por anos e mais anos repetido o “Pai Nosso que estais no Céu, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu…” mas,
tal não se realiza porque o céu não está acima das nuvens nem no mundo
das três dimensões; o céu está no íntimo transcendental, aqui e agora
(Convite à Prosperidade, p 17); o que se deve é mentalizar o céu para que o mesmo seja encontrado pelas pessoas.
REFUTAÇÃO
Na literatura da Seicho-no-iê não se tem
uma noção clara sobre Deus. Ele é apresentado como um deus impessoal e
panteísta, uma vez que se encontra em cada pessoa, em cada coisa deste
mundo. A Bíblia porém, apresenta um Deus pessoal. Ele criou o homem à
sua imagem e semelhança; uma das semelhanças é ser pessoal, e se
relaciona com ele. A Bíblia ensina que Deus é transcendente, está além
do mundo material (Is. 57,15). Não foi o Espírito de Deus que habitou no
interior de Hitler, Stalin, Mussolini e outros homens perversos. Deus
habita no interior dos contritos, humildes, ou seja, daqueles que
livremente dão lugar a seu Espírito.
6) A Bíblia Sagrada dos Cristãos para a Seicho-no-iê
A Seicho-no-iê não dá qualquer relevância
à Bíblia. Cita-a de maneira vaga e parcial, sem identificação e
completamente fora de contexto, sem qualquer exegese, interpretação ou
explicação; utiliza alguns textos para simplesmente favorecer a seita. A regra de fé e prática da Seicho-no-iê são os escritos de Taniguchi. Para a Seicho-no-iê, a Bíblia é o mais humano dos livros.
Para nós, cristãos, a Bíblia é a palavra de Deus revelada plenamente.
Sua formação foi encerrada há dois mil anos. Há muitas provas de sua
inspiração divina: uma delas é o tempo de sua duração; a transformação
que tem causado na vida de milhares de pessoas; sua indestrutibilidade, e
o cumprimento de suas profecias em Cristo e na humanidade. Deus disse
tudo o que queria num único livro. A Seicho-no-iê já tem 300 obras
escritas mas ainda não disse tudo. Não há comparação entre a Bíblia e a
literatura dessa seita.
7) A pessoa de Jesus Cristo na doutrina da Seicho-no-iê
Taniguchi já afirmou que sua religião é
superior ao Cristianismo porque opera maiores e mais milagres do que
Cristo. Portanto, sente-se na autoridade para interpretar as palavras de
Cristo segundo suas próprias convicções. Taniguchi é mais crido, mais
reverenciado, mais citado do que Jesus Cristo. Cristo disse: “Eu sou o caminho”, isto é, o único caminho para Deus, para a salvação (João 14,6).
A Seicho-no-iê interpreta essas palavras como se cada homem fosse o
caminho, a porta da saída de Deus; não tendo Deus outra alternativa para
manifestar sua força a não ser pelo homem. A Bíblia nos ensina que Deus
tem usado o homem mas não está preso a ele, não depende dele porque é
onipotente. Cristo disse que, se os discípulos se calassem, até as
próprias pedras clamariam. Se não existissem mal, não existiria pecado, e
o sacrifício vicário de Cristo não teria razão de ser. Cristo veio para
salvar os pecadores, como nos ensina a Bíblia (Luc. 19,10; João 3,14,
15; II Cor. 5,21; 1 Ped. 2,24; 1 Cor. 15,3). Cristo, filho unigênito de
Deus veio ao mundo para salvá-lo. Morreu, ressuscitou e foi para os
céus, para salvar o homem e interceder por ele.
8) Os supostos milagres na seita Seicho-no-iê
O fato de no Seicho-no-ieísmo haver
supostos muitos milagres, não indica que é a verdade. Os feiticeiros no
Egito fizeram milagres diante de Moisés. Cristo disse que
muitas pessoas vão comparecer diante dele e dizer que profetizaram,
expulsaram demônios e fizeram muitos milagres, mas Cristo vai dizer que
nunca as conheceu (Mateus 7,21-23). A Bíblia diz que no
fim do sistema atual, haveria muitos cristos aparecendo como salvadores
da humanidade. E exatamente para isso que o seicho-no-ieísmo diz que
existe, mas só apareceu no mundo em 1929. Diz uma reportagem sobre esta
seita:
“Seu objetivo é construir um paraíso terrestre onde não haja uma só pessoa que padeça de sofrimentos ou enfermidades….”
Por que o deus do Seicho-no-ieísmo deixou
a humanidade mergulhada no sofrimento e na maldade por milhares de
anos, para aparecer somente em 1929? O Deus da Bíblia nunca desamparou a
humanidade. Sempre esteve empenhado na sua salvação por meio de Cristo,
desde o jardim do Éden, quando o próprio Deus sacrificou um cordeiro
para tipificar o Cristo que havia de vir para salvar a humanidade, e que
já veio e que salva realmente, não pelos nossos méritos, mas por sua
morte vicária. A Seicho-no-iê é uma seita oriental que não entra em
conformidade com nossa maneira de pensar e com a nossa maneira de crer. É
simplesmente humanista, pensando no aqui e agora; muda os ensinamentos
de Jesus a seu bel prazer; enfatiza o poder de cada pessoa em dominar
sua mente, sua vida, sua felicidade. Conhecemos o poder da fé na saúde
física e espiritual do homem; entretanto, é impossível realizar todos os
bens anunciados pela Seicho-no-iê. Cristo quer que sejamos sal da terra
e que anunciemos a verdade nua e crua, incluindo a dimensão do
sofrimento. Cristo não mencionou apenas palavras agradáveis e positivas;
trouxe também a repreensão, das perseguições e incompreensões no seu
seguimento, bem como falou da condição em segui-lo, em que cada um deve renunciar a si mesmo e levar a sua cruz (Mateus 16,24), ou seja, Cristo nunca enganou a ninguém prometendo aqui nesta vida somente sombra e água fresca:
“Eu vos preveni sobre esses
acontecimentos para que em mim tenhais paz. Neste mundo sofrereis
tribulações; mas tende fé e coragem, pois Eu já venci o mundo.” (João
16,33)
Repare no quadro abaixo a diferença entre as afirmações de Taniguchi e a Palavra de Deus sobre esses dois temas:
BÍBLIA | SEICHO-NO-IE | |
DEUS | E uma pessoa com atributos de amor, graça, misericórdia, mas também de justiça e de ira, que retém todo o poder em suas mãos. | Uma energia impessoal, mas ao mesmo tempo indistinto da natureza humana. Um poder invisível que reside dentro de cada ser humano. |
JESUS CRISTO | Deus, Salvador, Redentor, Pastor e Senhor. | Um bom exemplo a ser seguido, e nada mais que isso. |
PECADO | Transgressão do homem contra Deus e manifestação de sua rebeldia e incredulidade na pessoa de Cristo Jesus. | Não existe pecado. Somos auto-suficientes, mas nem todos temos consciência disso. |
CONCLUSÃO
A Seicho-no-ie é uma agência de engano
muito perspicaz, uma vez que apresenta apenas aquilo que as pessoas mais
gostam de ouvir, e não aquilo que é preciso, ou seja, a verdade que
liberta. Santo Agostinho dizia que:
“O homem se faz réu do pecado
no mesmo momento em que se decide a cometê-lo”. Sintetizava tudo
afirmando que “pecar é destruir o próprio ser e caminhar para o nada”. E
revela, em muitas coisas, algo sobre si mesmo nas “Confissões”: “Eu
pecava, porque em vez de procurar em Deus os prazeres, as grandezas e as
verdades, procurava-os nas suas criaturas: em mim e nos outros. Por
isso precipitava-me na dor, na confusão e no erro”.
A primeira coisa que Jesus fez, no dia da
sua Ressurreição, foi enviar os Apóstolos para perdoar os pecados que
tantos males nos causam. Ninguém sai de uma confissão triste, mas em
paz, leve e saboreando a alegria do perdão através de seus ministros
ordenados:
“Como o Pai me enviou, eu vos envio a vós… Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22-23).
Isto mostra que a grande missão de Jesus
era, de fato, “tirar o pecado do mundo”, e Ele não teve dúvida de chegar
até a morte trágica para isso. Agora, vivo e ressuscitado, vencedor do
pecado e da morte, por meio do ministério da Igreja, dá o perdão a todos
os homens. Logo, a Seicho-no-iê não se coaduna de forma alguma com a fé
cristã e a nega naquilo que é mais essencial: a Redenção do mundo pela
Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, não pode ser
seguida por nenhum católico, mesmo que aparentemente tenha muitas coisas
boas e bonitas. Muitos católicos que infelizmente não conhecem bem a
doutrina católica, e a palavra de Deus, às vezes são iludidos com a
Seicho-No-Iê por conta de suas frases e pensamentos bonitos, quando, na
verdade, esta doutrina nega radicalmente a doutrina Cristã naquilo que é
mais essencial, pregando a reencarnação no lugar da ressurreição.
Principais Ensinamentos da Seicho-no-iê:
1) A Verdade essencial da Seicho-no-iê é:
“O Homem é Filho de Deus” e, sendo assim, é herdeiro de todas as
dádivas dele. Basta apenas que se conscientize disso para manifestar no
mundo fenomênico (mundo material) a sua perfeição.
2) Seu conjunto doutrinário incorpora
elementos do Cristianismo, do budismo e do xintoísmo – três grandes
religiões presentes no Japão, representadas no seu símbolo oficial
respectivamente pela estrela verde no centro, pela cruz gamada branca
intermediária (Lua) e pelo círculo vermelho externo com suas 32 flechas
(Sol). Predomina, a exemplo da outras novas religiões japonesas,
elementos da religiosidade nipônica, que valoriza todas as formas de
vida, preza pelo respeito ao próximo, gratidão aos pais e cultua os
ancestrais.
3) A Doutrina da Seicho-no-iê é
alicerçada nas escrituras de Masaharu Taniguchi, sendo as mais
importantes entre os adeptos, a “Sutra Sagrada Chuva de Néctar da
Verdade” (Seikyo Kanro-no-Hou, em japonês) e a Coleção “A Verdade da
Vida” (Seimei no Jissô, em japonês), composta por 40 volumes, que
sintetiza as pregações de Taniguchi. Estas obras são publicadas noJapão
pela Nippon Kyobunsha Co. Ltd. e, no Brasil, pela Seicho-no-iê do
Brasil.
4) Verdade Vertical: Só Deus e o que Ele
cria existem verdadeiramente, ou seja, não tem início nem fim, é eterno,
infinito. Ele é o Bem, o Criador, a Verdade, Jissô (Imagem Verdadeira),
etc. Como o homem (na sua essência espiritual) também é criação de
Deus, ele possui a mesma natureza infinita de Deus. Daí vem a principal
convicção do adepto da Seicho-no-iê: “O Homem é Filho de Deus”.
5) Verdade Horizontal: O mundo fenomênico
é projeção da mente humana; o mal(pecado) não existe, ou seja, tem
início e fim, é efêmero, não é eterno, é finito (ele é apenas criação da
mente humana). Da mesma forma, a doença, a morte, o envelhecimento e os
pecados também não existem porque são derivações desse mesmo mal
(ilusões da mente humana). Todas as coisas perceptíveis aos cinco
sentidos e também ao sexto sentido não são existências reais porque não
têm a mesma natureza perfeita de Deus. Elas são, portanto, projeções da
mente humana (ilusão) que constitui a causa dos sofrimentos humanos.
6) Jissô: A realidade absoluta,
transcendental, o ser verdadeiro, absoluto, eterno e perfeito,
constituído de Idéia de Deus; a Essência do ser.
7) Sua origem cerimonial está ligada,
principalmente, ao Xintoísmo, sendo também seus rituais o batismo,
casamento e culto aos antepassados, do qual é talvez o melhor
representante fora do Japão. Vale ressaltar que na Seicho-no-iê há muita
liberdade de adaptação de cerimônias ligadas à cultura local.
8) Diferentemente de muitas religiões
tradicionais, onde a conduta dos adeptos é condicionada pelo medo,
Nakajima explica que a Seicho-no-iê rejeita o “tem de ser assim”, isto
é, considera que nada deve ser forçado e ensina a viver naturalmente a
vida como ela é. Ensinamentos como “O ser humano é filho de Deus”, “O
mundo fenomênico é projeção da mente” e “Grande harmonia” são
interpretados de várias maneiras, em conformidade com pessoa, tempo e
lugar.
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