La Croix diz que o arcebispo de Bordeaux, cardeal Jean-Pierre Ricard, anunciou o fechamento do seminário diocesano, San José, em setembro deste ano, quando começa o ano letivo, um duro golpe para uma arquidiocese.
"Eu não cheguei a essa decisão sem dor no coração, mas o bem dos
seminaristas e a preocupação com sua formação estão à frente de qualquer
outra consideração", disse Sua Eminência, observando que apenas cinco
novos candidatos eram esperados em setembro. "Esse número não nos permitirá oferecer aos jovens em formação uma vida comunitária de qualidade."
Uma última tentativa foi feita para enfrentar a crise em 2017, com um
curso de discernimento para aqueles que consideravam a vocação
sacerdotal, chamada Camino de Simón Pedro, apenas durante os fins de
semana, mas não funcionou como esperado.
O superior do seminário, padre Geoffroy Gardair, confessa a La Croix
que já na primavera daquele ano a decisão poderia ter sido tomada para
encerrar, após a chegada de apenas um novo seminarista pelo segundo ano
consecutivo.
O dramático é que Bordeaux não é de modo algum a diocese francesa mais tratada pela seca vocacional.
Nos últimos três anos, 13 sacerdotes foram ordenados: cinco em 2016,
dois em 2017 e seis em 2018. Levando em conta que Bordeaux não chega a
250.000 habitantes, é um pomar profissional se compararmos com os quatro
padres ordenados este ano. em Madrid.
Tudo era muito previsível.
A Santa Sé, em suas regras sobre a formação de padres promulgados em
2016, requer seminários para alcançar um número suficiente de
seminaristas para permitir "uma autêntica comunidade em formação", e
embora a norma não especifique um número específico, os bispos franceses
concordaram que seriam em torno de pelo menos quinze.
E esse é o problema: na França, apenas metade dos trinta seminários e casas de treinamento chegam a esse número. Em outras palavras: notícias como essa continuarão se repetindo, inevitavelmente.
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