05 Ago. 19
REDAÇÃO CENTRAL, (ACI).-
Um especialista em bioética respondeu aos graves problemas gerados pela
pesquisa com embriões híbridos de humanos e animais, promovida pelo
cientista Hiromitsu Nakauchi, no Japão, e que poderia contar com o
financiamento do governo do país asiático.
Nakauchi é diretor do Centro de Biologia Celular Estaminal e Medicina Regenerativa da Universidade de Tóquio e chefe do Nakauchi Lab de Stanford.
O cientista planeja pesquisar primeiro com ratos e camundongos por dois anos e, se a pesquisa e o financiamento forem aprovados, criaria embriões híbridos de humanos e porcos que poderiam durar até 70 dias.
Pe. Tad Pacholczyk, diretor de educação do Centro Nacional Católico dos Estados Unidos, disse à CNA – agência em inglês do Grupo ACI – que a pesquisa de Nakauchi consiste em implantar células humanas em embriões de animais como porcos e ovelhas para gerar corações, rins e outros órgãos humanos nesses animais, que possam servir depois para transplantes.
"O objetivo é fazer com que uma espécie gere um órgão para a outra e não exatamente ‘combinar’ duas espécies em uma para gerar uma terceira", explicou. No entanto, o especialista ressaltou que uma pesquisa deste tipo não deve usar nem destruir embriões humanos.
O especialista advertiu que uma investigação que atente contra os embriões humanos é sempre moralmente inaceitável, já que envolve "a destruição a propósito de seres humanos para servir aos interesses de outros que são maiores em idade e que têm dinheiro".
Em 2000, a Pontifícia Academia para a Vida publicou a "Declaração sobre a produção e o uso científico e terapêutico das células estaminais embrionárias humanas", que afirma que, "partindo de uma completa análise biológica, o embrião humano vivo é, a partir da fusão dos gametas, um sujeito humano com uma identidade bem definida” e, portanto, “tem direito à sua própria vida; e, por isso, toda a intervenção que não seja em benefício do próprio embrião, constitui um ato que viola este direito”.
Pacholczyk explicou que "as células humanas geralmente não crescem bem em porcos ou ovelhas, devido à distância evolutiva, por isso são necessários ‘truques’ adicionais e manipulação genética para fazer o processo funcionar".
"Além disso, há também a possibilidade de transmissão de vírus de animais como os porcos para órgãos humanos", alertou.
O especialista indicou que, em vez de usar embriões, é possível usar células-tronco adultas, obtidas da medula óssea, ou o que é conhecido como células-tronco pluripotentes, que também são células adultas reprogramadas geneticamente para que tenham o estado semelhante ao das células embrionárias.
O perito disse que “esse tipo de pesquisa pode ser feita de maneira ética que também permita obter avanços científicos; ou pode ser feita de forma não ética, resultando em algo prejudicial e controverso do ponto de vista científico”.
Sobre este tema, a revista Nature assinala que alguns especialistas em bioética também alertaram que as células humanas podem ir, em seu desenvolvimento, para além do órgão onde se alojam e passar para o cérebro do animal, o que afetaria seu processo cognitivo.
A esse respeito, Pe. Pacholczyk advertiu que, em todo caso, deve-se tomar cuidado para que nas quimeras produzidas – animais híbridos – evite-se a réplica de pilares essenciais da identidade humana nos animais, como o sistema nervoso.
Nakauchi é diretor do Centro de Biologia Celular Estaminal e Medicina Regenerativa da Universidade de Tóquio e chefe do Nakauchi Lab de Stanford.
O cientista planeja pesquisar primeiro com ratos e camundongos por dois anos e, se a pesquisa e o financiamento forem aprovados, criaria embriões híbridos de humanos e porcos que poderiam durar até 70 dias.
Pe. Tad Pacholczyk, diretor de educação do Centro Nacional Católico dos Estados Unidos, disse à CNA – agência em inglês do Grupo ACI – que a pesquisa de Nakauchi consiste em implantar células humanas em embriões de animais como porcos e ovelhas para gerar corações, rins e outros órgãos humanos nesses animais, que possam servir depois para transplantes.
"O objetivo é fazer com que uma espécie gere um órgão para a outra e não exatamente ‘combinar’ duas espécies em uma para gerar uma terceira", explicou. No entanto, o especialista ressaltou que uma pesquisa deste tipo não deve usar nem destruir embriões humanos.
O especialista advertiu que uma investigação que atente contra os embriões humanos é sempre moralmente inaceitável, já que envolve "a destruição a propósito de seres humanos para servir aos interesses de outros que são maiores em idade e que têm dinheiro".
Em 2000, a Pontifícia Academia para a Vida publicou a "Declaração sobre a produção e o uso científico e terapêutico das células estaminais embrionárias humanas", que afirma que, "partindo de uma completa análise biológica, o embrião humano vivo é, a partir da fusão dos gametas, um sujeito humano com uma identidade bem definida” e, portanto, “tem direito à sua própria vida; e, por isso, toda a intervenção que não seja em benefício do próprio embrião, constitui um ato que viola este direito”.
Pacholczyk explicou que "as células humanas geralmente não crescem bem em porcos ou ovelhas, devido à distância evolutiva, por isso são necessários ‘truques’ adicionais e manipulação genética para fazer o processo funcionar".
"Além disso, há também a possibilidade de transmissão de vírus de animais como os porcos para órgãos humanos", alertou.
O especialista indicou que, em vez de usar embriões, é possível usar células-tronco adultas, obtidas da medula óssea, ou o que é conhecido como células-tronco pluripotentes, que também são células adultas reprogramadas geneticamente para que tenham o estado semelhante ao das células embrionárias.
O perito disse que “esse tipo de pesquisa pode ser feita de maneira ética que também permita obter avanços científicos; ou pode ser feita de forma não ética, resultando em algo prejudicial e controverso do ponto de vista científico”.
Sobre este tema, a revista Nature assinala que alguns especialistas em bioética também alertaram que as células humanas podem ir, em seu desenvolvimento, para além do órgão onde se alojam e passar para o cérebro do animal, o que afetaria seu processo cognitivo.
A esse respeito, Pe. Pacholczyk advertiu que, em todo caso, deve-se tomar cuidado para que nas quimeras produzidas – animais híbridos – evite-se a réplica de pilares essenciais da identidade humana nos animais, como o sistema nervoso.
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