Por Padre Paulo Ricardo
A reencarnação nada mais é do que uma tentação ao comodismo
O número crescente de pessoas aderindo à doutrina espírita foi notado
pela Igreja ainda na época do Concílio Vaticano II. Em um de seus
principais documentos – a Constituição Dogmática Lumen Gentium -, faz um
alerta, recordando as Sagradas Escrituras:
Elas não aprenderam ainda a responsabilidade da existência. Quanto aos adultos, espera-se deles que saibam que a vida não é um jogo e que cada passo dado tem consequências, algumas irreversíveis. Nem todas agradáveis. Esta realidade de causa-consequência que se vê no mundo material é a pedagogia de Deus para mostrar que a vida é séria.
Todavia, parece ser mais confortável pensar que se pode sempre recomeçar. Na verdade, é uma armadilha do diabo para alcançar seu objetivo primeiro que é perder as almas. Ao convencer mais e mais pessoas de que tudo é permitido e que novas chances de “evolução” virão com uma nova vida, ele consegue seu intento. E sem muito esforço, é preciso dizer, pois existe uma tendência no homem a crer nesse “recomeço” – uma tendência muito bem conhecida e aproveitada pelo diabo.
Não é possível, porém, enganar-se: existe uma só vida, dizem as Sagradas Escrituras. Também de modo claro, o Catecismo da Igreja Católica:
Até mesmo dentro do cristianismo a reencarnação conseguiu encontrar adeptos, como por exemplo, Orígenes, que, por influência do neoplatonismo, ensinava que as almas um dia estiveram junto de Deus, mas “esfriaram”, vieram para o mundo e foram aprisionadas. As almas foram guardadas dentro de um “sôma”, corpo, que recorda a palavra “sema”, túmulo, ou seja, as almas estariam aprisionadas dentro de um “corpo de morte”. E o homem verdadeiro seria somente a alma, não o corpo. Diante disso, nota-se que a antropologia da reencarnação não pode ser considerada cristã. Para os reencarnacionista, o homem é somente a alma e o corpo é uma caixinha, um invólucro, uma embalagem descartável. A alma será preservada e sucessivamente melhorada até que chegue a Deus.
Esta é uma heresia que a Igreja condenou inúmeras vezes ao longo dos séculos. Orígenes recebeu contra si os anátemas (conf. DH 403-411), como também os albigenses na Idade Média (conf. DH 800 e seguintes) e mais recentemente, no Concílio Vaticano II. Com efeito, é importante compreender que, embora a ideia da reencarnação seja atraente, ela carrega em si uma perversão: o homem se torna a sua própria salvação. Jesus Cristo não é necessário. Cada homem, por seu esforço e cruz carregada, construirá uma Torre de Babel e um dia chegará ao céu.
A reencarnação não somente não leva a vida a sério, como não leva a redenção de Cristo a sério. Portanto, aqueles que creem na reencarnação não podem ser chamados verdadeiramente de “cristãos”. E, se os espíritas se dizem cristãos, o são somente em sentido muito amplo, posto que consideram Jesus apenas um espírito de luz que veio para guiar as almas.
Ora, o Cristianismo não é isso. Cremos que o Verbo (Deus) se fez homem inteiro, corpo e alma e, deste modo, cada um irá um dia triunfar com Deus no céu. Os espíritas, dizem crer na reencarnação, nós, cristãos dizemos: “creio na ressurreição dos mortos e na vida eterna. Amém.”
Apesar disso, muitos têm buscado nessa doutrina errônea uma espécie de consolo, muito embora ela não apresente nenhum fundamento bíblico, nenhuma prova empírica ou científica e muito menos qualquer substrato lógico. A reencarnação nada mais é do que uma tentação ao comodismo, uma tentação infantil, pois, as crianças, quando brincam, entram no mundo do faz-de-conta. Elas pensam que a vida é um jogo eletrônico: pode-se consumir as “vidas” e se der Game Over, basta começar tudo outra vez.Mas, como não sabendo o dia nem a hora, é preciso que, segundo a recomendação do Senhor, vigiemos continuamente, a fim de que no termo da nossa vida sobre a terra, que é só uma, mereçamos entrar com ele para o banquete de núpcias e ser contados entre os eleitos… (DH 4168)
Elas não aprenderam ainda a responsabilidade da existência. Quanto aos adultos, espera-se deles que saibam que a vida não é um jogo e que cada passo dado tem consequências, algumas irreversíveis. Nem todas agradáveis. Esta realidade de causa-consequência que se vê no mundo material é a pedagogia de Deus para mostrar que a vida é séria.
Todavia, parece ser mais confortável pensar que se pode sempre recomeçar. Na verdade, é uma armadilha do diabo para alcançar seu objetivo primeiro que é perder as almas. Ao convencer mais e mais pessoas de que tudo é permitido e que novas chances de “evolução” virão com uma nova vida, ele consegue seu intento. E sem muito esforço, é preciso dizer, pois existe uma tendência no homem a crer nesse “recomeço” – uma tendência muito bem conhecida e aproveitada pelo diabo.
Não é possível, porém, enganar-se: existe uma só vida, dizem as Sagradas Escrituras. Também de modo claro, o Catecismo da Igreja Católica:
Historicamente, muitos povos e culturas creram na reencarnação. Antes mesmo da vinda de Jesus e também nas religiões orientais que professam a reencarnação ou a metempsicose.A morte é o fim da peregrinação terrestre do homem, do tempo da graça e da misericórdia que Deus lhe oferece para realizar sua vida terrestre segundo o projeto divino e para decidir seu destino último. Quando tiver terminado o único curso da nossa vida terrestre, não voltaremos mais a outras vidas terrestres. Os homens devem morrer uma só vez. Não existe reencarnação depois da morte. (1013)
Até mesmo dentro do cristianismo a reencarnação conseguiu encontrar adeptos, como por exemplo, Orígenes, que, por influência do neoplatonismo, ensinava que as almas um dia estiveram junto de Deus, mas “esfriaram”, vieram para o mundo e foram aprisionadas. As almas foram guardadas dentro de um “sôma”, corpo, que recorda a palavra “sema”, túmulo, ou seja, as almas estariam aprisionadas dentro de um “corpo de morte”. E o homem verdadeiro seria somente a alma, não o corpo. Diante disso, nota-se que a antropologia da reencarnação não pode ser considerada cristã. Para os reencarnacionista, o homem é somente a alma e o corpo é uma caixinha, um invólucro, uma embalagem descartável. A alma será preservada e sucessivamente melhorada até que chegue a Deus.
Esta é uma heresia que a Igreja condenou inúmeras vezes ao longo dos séculos. Orígenes recebeu contra si os anátemas (conf. DH 403-411), como também os albigenses na Idade Média (conf. DH 800 e seguintes) e mais recentemente, no Concílio Vaticano II. Com efeito, é importante compreender que, embora a ideia da reencarnação seja atraente, ela carrega em si uma perversão: o homem se torna a sua própria salvação. Jesus Cristo não é necessário. Cada homem, por seu esforço e cruz carregada, construirá uma Torre de Babel e um dia chegará ao céu.
A reencarnação não somente não leva a vida a sério, como não leva a redenção de Cristo a sério. Portanto, aqueles que creem na reencarnação não podem ser chamados verdadeiramente de “cristãos”. E, se os espíritas se dizem cristãos, o são somente em sentido muito amplo, posto que consideram Jesus apenas um espírito de luz que veio para guiar as almas.
Ora, o Cristianismo não é isso. Cremos que o Verbo (Deus) se fez homem inteiro, corpo e alma e, deste modo, cada um irá um dia triunfar com Deus no céu. Os espíritas, dizem crer na reencarnação, nós, cristãos dizemos: “creio na ressurreição dos mortos e na vida eterna. Amém.”
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