Immaculée Ilibagiza |
O genocídio de 1994 em Ruanda causou a morte de 800 mi pessoas. O docudrama "Kibeho: Escutem meus filhos", produzido pela EWTN, diz que a Mãe de Deus advertiu sobre a tragédia em aparições a três ruandesas de cerca de 12 anos de idade.
O filme traz à vida testemunhos das aparições de Maria de décadas atrás, mostrando filmagens das ruandesas reais cujas mensagens, dadas por Nossa Senhora, não foram ouvidas.
A escritora Immaculée IIlibagiza, que sobreviveu ao genocídio, aparece de forma proeminente na produção. "Immaculée é a mulher que contou ao mundo sobre o genocídio no livro mais vendido de 2017, Sobrevivi para Contar (título da edição brasileira, da Fontanar), depois transformado em filme", disse Michelle Johnson, diretora de comunicações da EWTN, à ACI Africa, agência africana do grupo ACI.
"Além das observações da Imaculèe, a obra inclui filmagens das visionárias da escola ruandesa, as torturas mentais que elas suportaram por aqueles que não acreditaram nelas, os médicos que foram encarregados de determinar se elas eram doentes mentais e os funcionários da igreja que fizeram a determinação final", disse Johnson.
O filme da EWTN explora as visões de destruição, tortura e carnificina humana, bem como um rio de sangue que foi visto por uma das meninas da escola nas aparições de Maria, que recebeu o título de Nossa Senhora de Kibeho. Kibeho é uma cidade no sul de Ruanda em que teriam ocorrido as aparições da Virgem Maria.
Em novembro de 1981, Alphonsine Mumureke, então com 16 anos, estava no refeitório do colégio interno católico de Kibeho quando ouviu uma voz "suave como o ar e mais doce que a música".
Alphonsine disse que viu uma bela mulher "que não era branca nem negra" flutuando acima do chão em um vestido sem costuras, com um véu que cobria seu cabelo. A mulher não usava sapatos.
“Quem é você?", perguntou Alphonsine. A mulher, que ela identificou mais tarde como a Virgem Maria, respondeu: "Eu sou a mãe da Palavra". Depois, fez uma advertência: Ruanda se tornaria um inferno na Terra em um conflito que veria os rios de Kibeho ficarem vermelhos de sangue.
Quando Alphonsine relatou o que tinha visto, seus amigos a ridicularizaram; seus professores a repreenderam, e membros de sua aldeia a evitavam.
No documentário da EWTN, Imaculée diz que Alphonsine era uma garota "normal", não especialmente conhecida por sua piedade, então ninguém acreditou nela.
"Infelizmente, sua descrença se transformou em perseguição física. A jovem implorou para que Nossa Senhora aparecesse a outra garota para que acreditassem nela", disse Johnson à EWTN.
Em 12 de janeiro de 1982, Nossa Senhora respondeu à oração da menina, aparecendo a Nathalie Mukamazazimpaka, uma colega de Alphonsine conhecida por sua devoção.
A EWTN relata que as coisas melhoraram um pouco, mas que ainda havia muitos que não acreditavam. Outra garota chamada Marie Claire Mukangango foi a terceira a receber uma aparição em 2 de março de 1982.
Durante a aparição para Marie Claire, diz-se que Nossa Senhora passou muito tempo chorando.
Segundo o documentário da EWTN, Nossa Senhora "disse que estava triste porque muitos não acreditavam em suas advertências".
Foi a Marie Claire a quem Nossa Senhora deu as visões de "destruição, tortura e carnificina humana selvagem".
"Essas visões foram, obviamente, uma prévia do genocídio que destroçaria o país 12 anos depois", diz Johnson sobre as aparições. "De fato, os relatos online da história deste conflito são assustadoramente prescientes dos problemas que persistem no mundo de hoje".
A EWTN diz que a visão de uma das meninas foi tão assustadora que a jovem disse a Nossa Senhora que tinha medo de nunca mais conseguir dormir.
Nossa Senhora de Kibeho pediu que o povo de Ruanda rezasse o Terço das Sete Aflições, uma devoção dada a Santa Brígida da Suécia séculos antes, que havia sido em grande parte esquecida. "Durante o genocídio, as irmãs encarregadas da escola que as visionárias frequentavam rezaram este rosário da manhã à noite. Todas sobreviveram ao banho de sangue", disse Johnson à ACI Africa.
"Marie Claire que foi levada numa viagem aos três lugares sobre os quais os católicos tantas vezes ouvem falar", diz Johnson. O primeiro foi um lugar onde as pessoas estavam com dores terríveis, brigando e extremamente zangadas. Diz-se que Nossa Senhora contou a Marie Claire que aquele era o lugar era "para as pessoas que sofrerão eternamente, que nunca serão perdoados".
Marie Claire foi então levada a um lugar onde havia pouca luz e onde havia sofrimento, mas menos do que em primeiro lugar, e "onde as pessoas pareciam estar esperando que alguém viesse para ajudá-las".
Finalmente, ela foi levada a um lugar com uma bela luz, mais brilhante do que o sol, onde ela podia ouvir belas vozes. Foi-lhe dito que era para "aqueles que têm luz em seu coração, o lugar daqueles que respeitam a Deus".
A diretora de comunicações da EWTN relata que quando Marie Claire perguntou a Nossa Senhora por que ela havia lhe mostrado estes lugares, Nossa Senhora disse: "Eu o mostrei para que você saiba que a vida que mais importa é a que vem depois desta vida na Terra. Vá e conte a todos. Encoraje-os a viver da maneira correta. Diga a eles que viver sem honrar a Deus é a pior perda de tempo possível. Eles vão se arrepender amargamente".
Nossa Senhora acrescentou: "Você tem que dizer ao povo que estes lugares existem de fato. Recusar Jesus é recusar o paraíso".
Marie Claire foi também a visionária a quem Nossa Senhora ensinou o Rosário das Sete Aflições, que o documentário explica em detalhe. Nossa Senhora disse que é importante rezar este rosário "para ajudar Jesus a salvar o mundo".
Nossa Senhora instruiu Marie Claire a dizer às Irmãs da escola católica que devem amar o rosário: o Rosário das Sete Aflições e o rosário tradicional.
A mensagem particular para as irmãs sobre o Santo Rosário era: "Diga-lhes que o recitem com o coração, estando conscientes de com quem estão falando. Diga-lhes para pedir forças para ajudá-las a cumprir as promessas que fizeram a Deus. Lembre-as de sempre mostrar amor umas às outras para que outros possam tomar o exemplo de minhas filhas. Diga a elas para serem um verdadeiro reflexo de meu amor a todos que elas encontram, aonde quer que vão imitando meu comportamento e minhas virtudes".
No relatório, a diretor de comunicações da EWTN diz que há muito mais a dizer sobre as aparições, que foram descritas como uma mensagem para o mundo inteiro para se preparar para a vida após a morte.
Anunciando a revelação do novo filme sobre as visões em Kibeho, Johnson disse: "Esta é uma história que ninguém que se preocupa com a vida eterna deve perder".
O filme diz que uma das maiores tristezas de Nossa Senhora foi que "poucas pessoas realmente ouviram os conselhos e conselhos que ela deu a seus visionários” e acrescenta: "A questão para nós décadas depois é: Será que algum dia iremos ouvir?"
O trailer do documentário pode ser visto aqui (em inglês) antes do seu lançamento oficial em 24 de novembro ao meio-dia GMT (9h de Brasília).
Fonte - acidigital
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