Por Walter Sánchez Silva
A paróquia Imaculada Conceição do município de Monte Grande da diocese de Lomas de Zamora, Argentina, foi palco de um ato afro-pagão por ocasião do Dia da Liberdade Religiosa e de Consciência, celebrado no último dia 25 de novembro. A diocese não quis se pronunciar a respeito.
Ritual umbanda en la Parroquia Inmaculada Concepción en Monte Grande, Buenos Aires, Argentina.
Prefiguraciones de la abominación desoladora. pic.twitter.com/drCgsLeMdi
— κατέχων (@katejon_) November 28, 2021
Em 26 de novembro, o jornal Diario del Sur publicou uma nota intitulada "Ritual das religiões afro no centro de Monte Grande" na província de Buenos Aires. A nota inclui um vídeo que mostra membros de grupos religiosos afro, como os umbandistas, cantando e dançando enquanto entravam na igreja.
A umbanda é uma religião brasileira formada de elementos de religiões africanos, cristãos e outros.
Fotos compartilhadas nas redes sociais mostram que os umbandistas entraram na igreja durante a adoração eucarística. Depois, prostraram-se diante do altar e deixaram oferendas de flores.
Consultada por ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, a diocese de Lomas de Zamora disse no dia 30 de novembro que “o pároco (padre Carlos Cecilio Ramos) já explicou a situação”.
Através de uma mensagem no Facebook, a diocese dirigida pelo bispo Jorge Rubén Lugones, disse que “de parte da diocese não haverá nenhuma mensagem a esse respeito”.
Monseñor Lugones permitió que umbandistas entren a la Inmaculada Concepción de Monte grande. El lugar donde me case esta manchado. Lugones es demoníaco. pic.twitter.com/ix8zXa5514
— Setiembre se dice (@SetiembreD) November 27, 2021
ACI Prensa entrou em contato com a paróquia Imaculada Conceição de Monte Grande, onde Daniel Finocchiaro, da comissão de meios de comunicação paroquial, disse no dia 30 de novembro que nenhum ritual foi autorizado.
“Foi um erro do jornal. Na realidade, não foi autorizado nenhum ritual. Muitas vezes entram nos templos, se prostram e se retiram. Isso foi o que fizeram, e já o fizeram em outras ocasiões e em outros templos também”, disse Finocchario.
Finocchiaro finalmente disse que isso aconteceu “assim como também entram outros grupos e deixam coisas dentro. Isso é inevitável quando as portas do templo ficam abertas. Só isso. Já telefonamos para o jornal para esclarecer. Paz e bem”.
O Diario del Sur publicou uma segunda nota na qual afirma que na paróquia “simplesmente se limitaram a permitir a entrada destes religiosos para que fizessem as suas oferendas, e que não foi um reconhecimento institucional do ritual realizado”.
Depois de dizer que em outros momentos esse tipo de manifestação perturbou “celebrações que estavam sendo feitas ou a oração dos fiéis”, o jornal ressaltou que “nesta ocasião, a comunidade afro avisou com antecedência que o faria”.
Fonte - acidigital
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