domingo, 22 de maio de 2022

CONCÍLIO VATICANO II (1962-1965)

 

 

Após a morte de S.S. Pio XII em 1958 todos esperavam que o sucessor seria um papa sem muita relevância e que apenas cumpriria um pontificado "tampão", afinal, o Cardeal Angelo Roncalli era apenas um idoso de 77 anos sem grandes pretensões aparentes. A primeira surpresa de seu pontificado foi o nome escolhido por Roncalli, João XXIII, o mesmo nome do anti papa que havia fugido do Concílio de Constança e que acabou sendo deposto por este mesmo concílio. Pouco mais de dois meses após a eleição de João XXIII, Sua Santidade em um anúncio que surpreendeu todo o mundo, diz estar amadurecendo a ideia de um novo concílio ecumênico na Igreja. Muitos relatos afirmam que essa ideia já estava sendo pensada por Roncalli no conclave que o elegera, isso sem mencionar o facto de que um concílio desta magnitude já fora pensado no pontificado de Pio XII e quase convocado por ele.


Neste artigo não pretendo descer aos pormenores do concílio como me aprofundar nas influências de movimentos filosóficos e teológicos da modernidade, ideias gnósticas, outras religiões e até ideologias. Pretendo apenas expor os principais pontos da maneira mais enxuta e objetiva possível, pois é um tema que gera muita confusão e discussão entre os católicos atualmente. O Concílio Vaticano II foi um dos eventos mais marcantes do Século XX, da história da Igreja e quiçá da história da humanidade. A transformação que esse concílio proporcionou internamente na Igreja e na sociedade civil é algo estrondoso.

Às vésperas do Concílio



 Após o anúncio da convocação do concílio, em janeiro de 1959 a euforia tomava conta de todo o mundo, tanto de católicos quanto de não católicos. Com a popularização da televisão, do rádio e outros meios de comunicação, não demorou muito para que a informação acerca da convocação fosse disseminada por todos os cantos. A cúria romana esperava um concílio aos moldes da Idade Média e que fosse dominado pelo papa, ou seja, no mesmo estilo dos concílios ecumênicos de Latrão, nos quais quase tudo o que os delegados tinham a fazer era aprovar uma agenda papal preestabelecida. Já os bispos de todo o mund, e aparentemente o próprio João XXIII, tinham outros planos para o concílio.

Uma das questões que viria à tona neste concílio seria justamente a relação do papa com a cúria e os bispos de todo o mundo em relação ao governo da Igreja, o que incorreria em um erro gravíssimo contra a doutrina católica posteriormente.

O Papa João XXIII disse na convocação do concílio que ele representaria uma ruptura com o passado, isto é, podemos classificar os concílios de Nicéia I ao Vaticano I em quatro categorias que especificam e definem bem o que seria um concílio ecumênico. A primeira categoria seria aqueles concílios cujo objetivo era reunificar a Igreja. A segunda inclui o intuito de condenar heresias e formular melhor a doutrina católica. A terceira se trata de abordar questões mais urgentes como reagir a certos desafios como: um cisma, uma grande revolta (protestantismo), grande crescimento de correntes filosóficas anticatólicas (Voaticano I). E a quarta categoria estão aqueles concílios que abordavam questões de reforma na Igreja, embora todos tivessem de certo modo, reformado a Igreja.

Desde o primeiro momento, João XXIII havia classificado o Vaticano II como "um concílio pastoral" que estava destinado a ser diferente dos concílios gerais anteriores, pois ele não o havia convocado para fazer frente a alguma ameaça específica ou para discutir um tema relativo à fé e à moral, mas sim para promover "a iluminação, a edificação e a alegria de todos os cristãos", que obviamente incluíam tanto o clero quanto leigos.

João XXIII acreditava tanto nessa ideia que chegou ao ponto de dizer que não havia mais heresias a serem condenadas. Isso acabaria atraindo pessoas de outras denominações e seitas religiosas para o Vaticano II, incluindo os hereges protestantes e os orientais cismáticos. Por volta de abril e maio de 1959, João XXIII já falava sobre esse concílio como um "novo Pentecostes" para uma "nova era". 

Neste período de metade do Século XX o clero estava muito dividido entre os bispos que se mantinham fiéis à Tradição e aqueles que, já influenciados por ideias da modernidade, apoiavam veementemente um concílio para "adaptar a Igreja aos tempos modernos". Entre esses bispos de viés mais progressista, havia muitas sugestões enviadas a Roma para serem tratadas no concílio, como: adaptar a Igreja à mentalidade da época, introdução de diversas culturas distintas nos meios católicos e o mais surpreendente de todos, renovação na liturgia, especialmente no que se dizia respeito ao aumento da participação ativa dos leigos e do emprego das línguas vernáculas.  

O Modernismo




Embora a intenção deste artigo não seja se aprofundar em questões filosóficas e teológicas da modernidade que influenciaram o concílio, é indispensável citar o modernismo, que é algo que está no cerne de toda a mentalidade conciliar.

Baseado nas filodoxias modernas do Imanentismo de Immanuel Kant e no Idealismo de René Descartes, o modernismo em âmbito religioso defende que a fé não é a adesão do intelecto humano às verdades reveladas por Deus ao longo da história (como a Igreja sempre ensinou), mas sim um sentimento relativo que difere em cada pessoa, e que portanto todas as religiões são boas e verdadeiras se assim quer o indivíduo. Uma consequência imediata disso é a ideia de que os dogmas evoluem, logo o que era verdade há 100 anos atrás, deixou de ser hoje, portanto, não é o homem que deve se converter ao ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas sim, a Igreja que deve se adaptar à mentalidade e às ideologias de cada época, buscando assim, favorecer esse sentimento religioso de cada homem.

Condenado por diversos papas desde Gregório XVI a Pio XII, o modernismo foi mais bem explorado por São Pio X em sua encíclica  Pascendi (1907). Porém, infelizmente começou a ganhar mais forças a partir do pontificado de Bento XV (1914-1922). Na época de Pio XII o Santo Padre já estava cercado de víboras por todos os lados, a começar por seu confessor, o Cardeal Augustin Bea, que fora responsável por um dos documentos mais escandalosos do Vaticano II, a Nostra AEtate, que tratava acerca da liberdade religiosa.

O pobre Eugenio Pacelli (Pio XII), apesar de seus esforços, não conseguiu conter o avassalador avanço das ideias modernistas dentro da Igreja, e após sua morte, era questão de tempo que houvesse alguma estratégia por parte dos modernistas para promover suas ideias no seio da Santa Igreja. Isso acabou acontecendo por meio de um concílio ecumênico.

A abertura do concílio



Uma estranha onda de otimismo pairava no território vaticano às vésperas do concílio, apesar de toda a crise já se manifestando na Igreja, e com todas as grandes desgraças que o mundo vivia naquele período como a expansão em massa do comunismo, 2°Guerra Mundial encerrada recentemente e etc.

Mais uma vez, João XXIII surpreenderia a Igreja, ao se colocar firmemente a favor de uma visão ainda mais abrangente do concílio. Em seu discurso de abertura, em outubro de 1962, ele afirmou que o Vaticano II deveria trazer a Igreja para o século XX e combater uma mentalidade de que a Igreja era uma instituição que se encontrava sob ameaça, o que acabara fazendo com que ela desse as costas ao mundo. De um modo ainda mais direto, fez um alerta contra os "profetas de desgraças".

João XXIII ainda declarou: " Mas hoje, a Esposa de Cristo prefere recorrer ao remédio da misericórdia, de preferência a brandir as armas da severidade. Ela pensa que, de preferência a condenar, responde melhor às necessidades de nossa época, colocando mais em destaque as riquezas de sua doutrina. Claro, não faltam doutrinas e opiniões falsas, perigos contra que se deve alertar e que se devem rejeitar; mas tudo isso é tão manifestamente oposto aos princípios da honestidade e traz frutos tão amargos, que hoje os homens parecem começar a condená-las por si mesmos". Em suma, o papa acreditava que os erros desapareceriam por si mesmos como "neblinas ao sol".

O Concílio Vaticano II durou quatro anos entre 1962 e 1965. João XXIII viveu apenas apenas para presenciar o primeiro ano, pois faleceu em junho de 1963,e o Cardeal Giovanni Battista Montini, Arcebispo de Milão, foi eleito papa no mesmo ano, e escolheu o nome "Paulo VI". Os cardeais reunidos no conclave que o escolheu certamente estavam bastante preocupados com uma questão fundamental: qual seria a posição do próximo papa em relação ao Vaticano II?. Paulo VI foi uma boa escolha na visão dos modernistas, porque ele tinha a reputação de ser relativamente progressista. Sem demora, ele deixou bem claro o seu desejo de que o Vaticano II continuasse a seguir o mesmo rumo que já havia sido estabelecido e até foi um pouco mais longe ao permitir que conselheiros leigos também participassem do concílio.

Principais temas abordados



Como já fora esclarecido por João XXIII ao anunciar o concílio, tudo se trataria de questões pastorais e não dogmáticas. Então, tudo estava resumido à conduta que a Igreja deveria ter perante ao mundo moderno e suas "necessidades".

-A Igreja e o mundo: Um dos documentos mais importantes do concílio é a "Gaudim et spes", que trata da relação da Igreja com o mundo moderno. Esse documento reconhece a "diversidade cultural" e os "avanços do mundo" nos últimos tempos, e que a Igreja ao invés de ser aquela instituição "fechada" deveria se abrir ao diálogo e romper com a ideia tradicional de desprezar o mundo.

-O que é a Igreja?: A constituição "Lumem Gentium" é um documento que defende uma clara ruptura com a concepção católica tradicional de Igreja. Além de fazer uma confusão entre o corpo docente e discente da Igreja, a Lumem Gentium também propõe uma ideia de Igreja tolerante ao erros e trata as condenações feitas historicamente pela Igreja como algo errôneo e arcaico. Ainda resta mencionar que esse documento é o responsável por um dos maiores erros proclamados no concílio no que tange a relação do papa com os bispos.

-Atuação dos leigos: O decreto "Apostolicam actuositatem" ensina que, no mundo moderno, o apostolado de leigos havia se tornado mais abrangente, mais importante e mais urgente, sobretudo no que dizia respeito à participação de mulheres na Igreja. O Vaticano II reconhecia a necessidade da adoção de novos métodos de ensino e aprendizado, mas admitia que as conferências episcopais poderiam formular esses métodos e adaptá-los às culturas locais.

-Liturgia e Sagradas Escrituras: Além de inseridos em questões pedagógicas, o concílio incentivava o aumento da participação dos leigos nas celebrações litúrgicas. A constituição "Sacrossanctum Concilium" orientava a Igreja a fazer os fiéis terem maior envolvimento e conhecimento da liturgia para participarem das celebrações. Esse documento encorajava a introdução de línguas vernáculas, elementos culturais e a diversidade de instrumentos musicais acompanhando o órgão. Tudo isso nós veríamos poucos anos depois sendo colocado em prática com a promulgação do Novus Ordo Missae de Paulo VI.

A constituição "Dei Verbum" que tratava de questões relacionadas à revelação e a formação das Sagradas Escrituras, esse documento defende que os católicos devem empregar "métodos modernos" para estudar as escrituras, especialmente por meio da investigação dos contextos históricos e literários em que se inseriam os autores bíblicos, ou seja, qual era o objetivo, em que o gênero escreviam, a que público se dirigiam e qual era o grau de sensibilidade que prevalecia em sua época. O Vaticano II desejava que os católicos explorassem as escrituras, encorajando traduções bíblicas em suas línguas locais e sobretudo orientando o clero a manter seus próprios conhecimentos sobre as escrituras "atualizados".

-Sacerdotes e Religiosos: O decreto "Optatam Totius" dizia respeito à formação dos sacerdotes e orientava as conferências episcopais a elaborar um novo programa de formação sacerdotal que enfatizasse as peculiaridades e as adaptações regionais. Esse programa teria de ser devocional, intelectual e pastoral e deveria empregar métodos modernos de psicologia, sociologia e pedagogia no processo de admissão de aspirantes ao sacerdócio e na formação e avaliação dos seminaristas. Por meio de outro decreto chamado "Perfectae Caritatis", o Vaticano II abordava a questão da renovação das ordens religiosas. Esse decreto encorajava a reação das ordens masculinas e femininas às necessidades e situações modernas.

-Católicos em relação às outras religiões: O decreto "Unitatis redintegratio" que tratava da relação da Igreja com as seitas protestantes era uma das maiores preocupações do concílio. Em oposição ao Concílio de Trento, o Vaticano II por meio desse documento defendia que na rixa entre católicos e protestantes os dois lados tinham razões para se queixar das desavenças que ocorriam desde o século XVI. O decreto afirma que os católicos e os protestantes compartilhavam uma herança em comum por meio do cristianismo e defende que haja um diálogo entre eles e que rezem juntos e atuem em conjunto para promover a "justiça social". 

Na declaração "Nostra AEtate", o concílio se refere a outras religiões de maneira distinta que a Igreja Católica sempre se referiu. O documento usa termos favoráveis ao islamismo, budismo e hinduísmo, além da grande peculiaridade no tratamento com os judeus (aqui se refere aos judeus como aqueles que praticam a lei mosaica, isto é, a religião judaica, e nada tem haver com o povo judeu no que tange a etnia), os tratando como históricas vítimas e buscando os isentar do grande pecado do Deicídio.

As heresias proclamadas no Vaticano II


-Ecumenismo: É uma ideia torpe que propõe a união de todas as "Igrejas cristãs" e outras religiões visando uma espécie de fraternidade universal. De facto, a Santa Igreja é caracterizada pela unidade, mas essa unidade não é uma união abstrata de várias seitas e religiões diferentes, mas sim uma unidade de fé, onde todos possuem o mesmo credo. O Ecumenismo é proposto explicitamente no decreto "Unitatis Redintegratio", um dos mais escandalosos documentos do Vaticano II.

O Ecumenismo é algo absurdo que contraria dogmas consolidados da Igreja como: fora da Igreja não há salvação e de que os povos devem se converter à única e verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo que é a Igreja Católica. Essa ideia de unir várias religiões em uma unidade abstrata já foi condenada diversas vezes pela Igreja. Uma dessas condenações podemos encontrar na encíclica "Mortalium Animos" (1928) de Pio XI.

-Liberdade religiosa: Esse princípio defende a tese de que o homem deve ter total liberdade de escolher e professar a religião que lhe convém sem qualquer tipo de restrição ou sanção de prestar culto publicamente. A declaração "Nostra AEtate" é a grande referência do Vaticano II no que tange esse assunto.

O princípio da liberdade religiosa é liberal e nada tem de católico, essa ideia destrona Jesus Cristo e sua Igreja, a colocando em igual nível às falsas religiões. Não preciso dizer que a liberdade religiosa já foi condenada pela Igreja, sobretudo no século XIX, quando o liberalismo estava em grande ascensão na Europa e no mundo todo. A encíclica "Mirari Vos" (1832) não somente condena a liberdade de religião e de culto, como também suas consequências lógicas como: Estado laico, liberdade de imprensa e liberdade de expressão.

As falsas religiões, tal como a mentira e as ideologias, não tem direito de existir, e tampouco de serem livres, esses males podem sim ser tolerados em contextos específicos visando um bem maior ou se evitar um mal maior, mas nunca podem ter direito a existência e a liberdade.

-Colegialidade: A colegialidade episcopal é um princípio que contraria a natureza da Igreja de Cristo. A hierarquia e governança da Santa Igreja, segundo a Tradição nos diz que os bispos tem autoridade sobre sua diocese (e somente sobre ela), enquanto que o Papa tem a jurisdição sobre toda a Igreja Universal. A colegialidade lesa o exercício de autoridade da Igreja. O Papa e os bispos são convidados a dirigir a Igreja em comum, de modo colegiado. Encontramos esse tema em diversos textos do concílio, mas se destaca principalmente na constituição "Lumem gentium".

A criação das chamadas "Conferências episcopais" é algo intrinsicamente ligado ao princípio da colegialidade, visto que, atualmente Roma não se atreve a interferir nas decisões dessas conferências, mesmo que essas decisões sejam desobedientes a Santa Sé e ao que a Igreja sempre ensinou. Nosso Senhor instituiu a Igreja com o Papa e os bispos somente, logo, as conferências episcopais são algo puramente humano e artificial e podemos facilmente chegar à conclusão de que elas são nocivas à Igreja em todos os sentidos, pois confundem a noção de hierarquia católica e estão constantemente, como prova a realidade, ligadas a ideologias contrárias à doutrina da Igreja.

Algo notável que está por trás do princípio da colegialidade é de que ele é influenciado fortemente por ideias da Revolução francesa de democracia e igualdade que fora desenvolvida por Jean-Jacques Rosseau. Ele que negava a existência de uma autoridade instituída por Deus e atribuía o poder ao povo.

"Que cada um se submeta às autoridades instituídas. Pois, não há nenhuma autoridade que não venha de Deus. Tanto é assim que aquele que resiste à autoridade rebela-se contra a ordem estabelecida por Deus" (Rm 13, 1-2).

A nova eclesiologia


Quando se fala de eclesiologia, isso remete a concepção do que seja a Igreja na sua essência, e o Concílio Vaticano II distorce completamente a concepção católica de Igreja e cria a sua própria.

Na constituição "Lumem gentium" essa questão é bem explícita. O documento sugere definições e características estranhas à Igreja Católica, usando termos como: Igreja peregrina (implicitamente significando de que a Igreja está em constante evolução), que ela é uma união de todo o gênero humano (novamente aqui caímos no problema do ecumenismo e da relativização da religião católica), isso acarreta em outra definição polêmica, a de que a Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica, ora, todos sabem que a doutrina tradicional nos diz que há uma só Igreja de Cristo e que essa Igreja é a católica.

O problema da eclesiologia do Vaticano II é muito extensa e merece um artigo somente dedicado a ele. Porém, vale a pena citar de que essa nova eclesiologia, juntamente com as heresias proclamadas oficialmente pelo concílio, trouxe consequências desastrosas para a Igreja, uma delas que é muito evidente é o humanismo, isto é, a Igreja deixa de ser a esposa imaculada de Cristo cujo papel neste mundo é a salvação das almas, para uma mera instituição de filantropia e assistência social, ignorando completamente o aspecto mais importante da vida humana (espiritual) e focando apenas na parte material.

A crise pós-conciliar




Alguns anos após o encerramento do concílio e suas consequências mais imediatas como: apostasia geral dos países ocidentais, êxodo de milhares de  religiosos e sacerdotes, fechamento de inúmeros seminários e conventos, subversão de princípios nos colégios católicos e etc. O papa Paulo VI queixou-se publicamente em junho de 1972: "Por alguma brecha, a fumaça de Satanás entrou no Templo de Deus".

De facto, a crise na Igreja já começara bem antes do Concílio Vaticano II, desde o início do Século XIX os princípios modernistas já estavam adentrando às "cabeças mitradas" e ao passar dos anos isso foi piorando cada vez mais ao ponto de ser convocado um concílio dito "pastoral" para proclamar oficialmente esses princípios anticatólicos.

Portanto, não há para onde correr, além de muita oração, o retorno à Tradição na doutrina e na liturgia é a única via para superar esse profundo período de trevas em que vivemos não somente na Igreja mas também na sociedade civil.


Referências bibliográficas: 


BELLITTO, Christopher M.; The General Councils: A history of the twenty-one Chruch Councils, 2002.


GAUDRON, Pe. Matthias (FSSPX); Catecismo católico da crise na Igreja, 2007.


LEFEBVRE, Mons. Marcel; Carta aberta aos católicos perplexos, 1984.


FEDELI, Orlando (Montfort); A Eclesiologia do Vaticano II, 2005.
 
 
 
Fonte - xpivs

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