sexta-feira, 24 de junho de 2022

A América Latina celebra o fim de Roe v. Wade: “Histórico, como a abolição da escravatura”

Imagem referencial.  Crédito: Foto de Maria Oswalt no Unsplash 

 

POR DIEGO LOPEZ MARINA

 

Líderes pró-vida de toda a América Latina manifestaram sua alegria e comemoraram a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de revogar nesta sexta-feira, 24 de junho, a sentença de Roe vs. Wade, que há 49 anos legalizou o aborto em todo o país.

Líderes latino-americanos descreveram o fim do aborto legal nos Estados Unidos com mensagens como "histórico", "transcendental", "um novo precedente legal", "semelhante ao fim da escravidão", "luz em meio às trevas" e "milagre" no dia do Sagrado Coração.

O salvador

Sara Larín, presidente da Fundação VIDA SV em El Salvador, compartilhou seus sentimentos com a ACI Prensa: “Estamos super felizes! É o começo do fim do aborto no mundo. Essa é a decisão que aboliu oficialmente a prática do aborto como suposto direito constitucional: é histórica, tanto quanto a abolição da escravatura”.

“Agora cada estado terá a liberdade de decidir se proíbe ou restringe o aborto. Da mesma forma, isso afetaria a decisão das políticas federais para impedir que o aborto seja financiado como parte da ajuda de cooperação dos EUA a outros países da região. A decisão do STF terá, sem dúvida, um impacto positivo na América Latina”, assegurou.

Larin afirma que a decisão em Dobbs v. Jackson Women's Health Organization, “marcará um precedente legal que será referência para todos os especialistas em Direito Constitucional do mundo e servirá como ferramenta de justiça para a proteção dos direitos das crianças desde o momento da concepção”.

Equador

“Vimos a luz no meio das trevas! Vimos uma grande derrota de um gigante”, disse Martha Villafuerte, diretora nacional da Familia Equador, em entrevista à ACI Prensa.

“Este não poderia ser o momento mais perfeito para ter essa brisa que fortalece toda a comunidade pró-vida no mundo, onde muitos países sofreram recentemente ataques inconstitucionais, leis injustas e, apesar de tudo, hoje os Estados Unidos nos dão um tapa que sacode nossas vidas convicções mais do que nunca”, comentou.

Villafuerte expressou que no Equador "não podemos estar mais felizes".

"Temos uma lei de aborto recente que apunhalou nossos corações, mas hoje recebemos a cura perfeita, a esperança de levantar, lutar muito mais e fazer a vida triunfar", disse.

México

Em diálogo com a ACI Prensa, Marcial Padilla, diretor da ConParticipación, qualificou a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos como um "evento histórico" que terá grande impacto "cultural".

“É dado um sinal claro e firme de que o caminho correto da ciência e da ética é reconhecer e proteger com igual dignidade a mãe e seu nascituro. Desta forma, lembra-se que existe o direito à vida, não o direito de tirar a vida”, assegurou.

Para Padilla, esta frase dá um sinal claro para a América Latina: “É possível reverter a tendência do aborto nas leis e tribunais”, portanto, “devemos participar da eleição de governantes e da nomeação de juízes que respeitem a vida humana em tudo vezes”.

O presidente da Frente Nacional da Família (FNF), Rodrigo Iván Cortés, também compartilhou sua alegria com a ACI Prensa e lembrou que agora vários estados norte-americanos “poderão proteger a vida e limitar o aborto”.

"Hoje é um dia de profunda alegria, prova de que a vida humana pode ser defendida da lei", disse.

Por sua vez, Pilar Rebollo, diretora da Pasos por la Vida no México, reconheceu que sua organização está "cheia de esperança" para ver "como o trabalho perseverante dá frutos".

“É possível reverter o que parece estar escrito em pedra. A verdade caiu sob seu próprio peso e no México não podemos desistir, porque nenhum esforço é em vão, principalmente porque estamos do lado da vida e da verdade", afirmou. 

Colômbia

Jesús Magaña, presidente da plataforma Unidos por la Vida, disse à ACI Prensa que a notícia foi recebida na Colômbia "com muita alegria".

“Saudamos a Suprema Corte dos Estados Unidos com grande admiração, respeito e carinho. Apoiamos incondicionalmente estes 6 bravos magistrados que tornaram possível vencer esta luta de quase 50 anos para restabelecer o direito à vida dos nascituros”, comentou.

Magaña acredita que a decisão terá um "efeito conclusivo em toda a região e especialmente na Colômbia, porque as decisões de aborto C-355 de 2006 e C-051 de nossa Corte Constitucional têm fundamento substancial em Roe vs. Wade".

“Agora será possível questionar essa jurisprudência que veio fazer uma espécie de 'copiar e colar' da decisão pró-morte de 1973 nos EUA”, afirmou.

Peru

A diretora da Associação Origen, Giuliana Caccia, comentou à ACI Prensa que com a revogação do Roe vs. Wade “vai começar a defender realmente os direitos humanos” e, portanto, “é um dia que gera orgulho e que vale a pena comemorar”.

Ele também disse que a decisão é como um "puxão de tapete" para todos os projetos de lei que "baseiam seus argumentos nessa decisão".

"O que aconteceu hoje é o início do fim do aborto nos Estados Unidos e no mundo", ressaltou.

Bolívia

Por sua vez, Elisa Lanza Sevilla, presidente da Plataforma Boliviana para a Vida e a Família e Diretora do Projeto Raquel, confessou que “não há palavras para expressar tanta emoção, tanta alegria, tanta gratidão”.

“Como pessoa que trabalha em defesa da vida, fico emocionado ao saber que em todo o mundo em grupos pró-vida, neste momento estão comemorando uma sentença que deu lugar à morte de milhões de inocentes por 49 longos anos, chega ao fim”, comentou à ACI Prensa.

Lanza afirmou que "a expansão da legalização do aborto no mundo será interrompida" e esse "holocausto silencioso" terminará.

Por fim, agradeceu aos "corajosos juízes do STF que trouxeram a verdade à tona e lutaram pela vida até o fim, independentemente de colocarem suas próprias vidas em risco".

Argentina

Enquanto isso, a Diretora de Campanhas do CitizenGO Argentina, Silvina Spataro, assegurou à ACI Prensa que "para nós que defendemos a vida e a família, esta é a notícia mais importante dos últimos tempos".

"É uma decisão histórica e, como tal, acredito que neste momento não podemos avaliar plenamente a grande importância que tem e o alcance que esta medida terá", disse.

Spataro reconheceu o “importante papel de Donald Trump” como presidente dos Estados Unidos para o período 2017-2021, “já que o voto dos três juízes que ele nomeou foi fundamental”.

“Também quero destacar a força da participação cívico-social do movimento pró-vida nos Estados Unidos, que continua forte, e a pressão cidadã que pode ser feita quando trabalhamos de forma organizada”, acrescentou.

Por fim, disse que “celebrar esta grande conquista tem que nos dar forças para permanecermos firmes na defesa da vida desde a concepção”.

“Assim como a escravidão foi revertida, quando parecia impossível, o aborto tem que acontecer assim, tem que continuar funcionando até que seja impensável uma mãe matar seu filho em seu ventre”, concluiu.

A Dra. María José Mancino, fundadora e presidente de Médicos pela Vida na Argentina, também compartilhou sua felicidade com a ACI Prensa e disse que em sua organização eles estão "unidos, felizes, encorajados e confortados".

“É um triunfo, totalmente! Cada um de seus lugares, demos tudo, a vocação, nosso tempo, nossos recursos, nossas tristezas e alegrias por este dia. Não é apenas mais um dia para qualquer um dos movimentos pró-vida”, disse ele.

Sublinhou ainda que esta “é a melhor notícia do ano e o melhor presente que podemos receber na festa do Sagrado Coração de Jesus e de São João Baptista”.

 

Fonte - aciprensa

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