sexta-feira, 12 de maio de 2023

As Verdades Católicas lembradas pela Virgem de Fátima

Ao aproximar-se o dia de NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, publico um texto enviado por um irmão que gentilmente me enviou e permitiu a sua publicação.

História de Nossa Senhora de Fátima – Santo Nosso de Cada Dia


Por Gabriel Mesquita

 

Muitas vezes observamos na Igreja uma visão naturalista sobre a mensagem de Nossa Senhora de Fátima que apenas vê a questão da paz no mundo, apenas como ausência de guerras. No entanto, Maria Santíssima veio relembrar Verdades da Doutrina da Igreja que já estavam a ser esquecidas na época e que são muito mais agora, desde a década de 1960.

A necessidade da penitência e da oração constante pela conversão dos pecadores e pela reparação dos Corações de Jesus e Maria contrasta bastante com o que se vive no mundo, mas também com o que se pregou na Igreja  nos últimos tempos. Muitos teólogos negam a importância de realizar reparações ao afirmar que isso seria uma concepção antiga (muitas vezes com o adjetivo medieval) de Deus que precisa ser aplacado, porém em seu pensamento Deus perdoaria tudo sem necessidade nos unirmos ao Sacrifício Redentor de Nosso Senhor e, se é que este foi imprescindível. Parte daí o ódio de muitos às formas tradicionais dos ritos litúrgicos, particularmente o romano em que o sacrifício propiciatório é muito evidente.

No entanto, essa falsa teologia repudia as Sagradas Escrituras e a Sagrada Tradição com a qual a mensagem de Fátima está de acordo. Diz o Salvador nos Evangelhos: “Não, eu vo-lo digo; mas, se não fizerdes penitência, todos perecereis do mesmo modo" (Lc 13,5). Ensina São Tiago depois de falar da Extrema-Unção: “Confessai, pois, os vossos pecados, uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados, porque a oração fervorosa do justo pode muito". (...) Meus irmãos, se algum de vós se extraviar da verdade e algum outro o converter, saiba que aquele que reconduzir (à verdade) um pecador do erro do seu caminho, salvará uma alma da morte e cobrirá uma multidão de pecados. (Tg 5,16.19-20). Evidentemente, o Magistério da Igreja sempre confirmou essa doutrina.

Outra verdade relacionada com essa é a eternidade do Inferno e o fato de que muitas almas para lá vão depois da morte. A Mãe de Jesus não hesitou em mostrar para as crianças o Inferno para lembrar os homens da época (e digo eu, principalmente para o nosso tempo tendo em vista a imensa negação dele mesmo por prelados) que se deixamos de fazer penitência, de rezarmos e de nos arrependermos dos nos pecados teremos essa morte eterna. Essa mensagem ao invés de nos causar tristeza, deve nos alegrar porque infinitamente pior do que os castigos da guerra profetizados em Fátima é perdemos Deus para sempre no Inferno. Nossa Mãe do Céu veio nos mostrar o caminho para nos livrarmos da condenação eterna e irmos para o Céu. Os males temporais Deus permite pois são consequências de nossos pecados e, muitas vezes, são sinais de misericórdia de Deus que quer nosso bem e que vivamos hoje e sempre em seu Amor.

Além do Inferno, a Mãe de Deus nos lembra do purgatório e rezar pelas almas que ali sofrem. A devoção pelas almas do purgatório (em regiões de Portugal, são conhecidas pelo termo alminhas) está presente na oração de Fátima que rezamos no Santo Terço: "Ó Meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as alminhas todas para o céu, principalmente aquelas que mais precisarem." Em nosso tempo, não é muito claro em que consiste essa devoção, visto que muitos pensam que ela é para levar todas as almas, inclusive as condenadas eternamente para o Céu, ou, ainda pior, porque há uma falsa sensação de canonização universal. Contudo, essa devoção é direcionada às almas que se salvaram, mas não estão ainda purificadas para entrar na beatitude eterna e padecem no purgatório.

A Santíssima Virgem vem nos alertar sobre a gravidade dos pecados contra a castidade: "vão mais almas para o inferno por causa dos pecados da carne do que por qualquer outra razão". Essa mensagem já era importante em 1917, quanto mais atualmente em que esses pecados graves são normalizados e promovidos em todos lugares.

Sobre um pecado específico contra a castidade a Santa Jacinta Marto falou algo só pode lhe ter sido dito pela Imaculada: “Hão de vir modas que ofenderão muito a Nosso Senhor”. Essa infeliz profecia se cumpriu, se em 1917 a maioria da população ainda conservava a modéstia exterior no vestir com relação ao pudor, hoje esse pecado é generalizado (especialmente, entre as mulheres) em todos ambientes públicos e, muitas vezes, mesmo dentro da igreja. Nossa Senhora como Mãe vem nos conduzir para que não nos deixemos levar pelas modas, mas que visemos sempre agradar a Deus e ser para o próximo sinal de salvação e não de condenação.

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