segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

O POVO QUE ANDAVA NAS TREVAS VIU UMA GRANDE LUZ

O Presépio por São Francisco de Assis – Moreno Pet Blog

Por Gabriel Mesquita

 

  Aproxima-se mais um Natal e, mais do que nunca, convém a meditação sobre o mistério da Encarnação do Verbo. As trevas na qual andavam os homens na época de Nosso Senhor são ainda muito mais densas e profundas hoje. O Evangelho do Senhor é desconhecido ou distorcido para a maioria da população, mesmo para os que se declaram católicos. Além do desprezo à Doutrina do Divino Redentor preservada pela Santa Igreja, a própria a Lei de Deus possível de ser apreendida por todo homem é infringida como nunca antes fora na história humana (vide a permissão e ampla difusão de homicídios como aborto e eutanásia, o ataque à família natural, etc.).
 
 A subversão da Lei Natural provocou inúmeras complicações práticas para as populações, mas nem por isso se cogita voltar à normalidade. Veja-se, por exemplo, as adversidades provenientes da migração massiva de povos estranhos (ou melhor, contrários) à cultura das nações que os recebem, particularmente na Europa Ocidental. Apesar de efeitos nocivos dessas migrações, aqueles que se opõem ao menos parcialmente ao problema são rotulados de modo falacioso pela Grande Mídia como extremistas. Ainda pior que isso, é o fato que muito poucos são os que percebem que a justificativa dessas migrações é a redução da população nativa dos países devido ao danoso controle populacional, influenciado artificialmente pelos poderosos do mundo que propagaram um estilo de vida utilitário e hedonista, no qual as famílias normais não têm mais espaço. Os magnatas globalistas criam grandes problemas para oferecerem falsas soluções.

  Infelizmente, as trevas não dominam apenas o mundo, mas também grande parte da estrutura da Igreja. A Doutrina Católica está muitas vezes completamente ausente nas falas e documentos das autoridades eclesiásticas, inclusive da Santa Sé. Não se ensina o que se deve crer, não há exortações para a conversão e pecados são relativizados ou até são motivos de orgulho.

  Depois da necessária admissão que estamos nas trevas, volvemos o olhar para a profecia de Isaías sobre a vinda do Salvador: O povo, que andava nas trevas, viu uma grande luz; aos que habitavam na região da sombra da morte uma luz apareceu. (Is 9,2). Nosso Senhor é e será sempre para nós a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo (Jo 1,9). Apesar da nossa época não aceitar Deus que se fez homem, Ele nos dá gratuitamente, se tivermos verdadeira contrição dos pecados, a dignidade de sermos filhos de Deus. Esta é oferecida pela recepção com boa disposição dos sacramentos (particularmente do batismo e confissão) instituídos por Jesus Cristo e conservados na sua única Igreja. Enfim, depois de termos ido confiadamente ao Trono da Graça (Hb 4,16), celebremos o Natal com alegria porque o Verbo se fez carne, e habitou entre nós; e nós vimos a sua glória, glória como de Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1,14).

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