quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

OS SANTOS E O CARNAVAL: Opinião dos Santos sobre o Carnaval. Estariam eles errados ou seriam uns "exagerados"?

jbpsverdade: Ao iniciar o mês em que acontece o tão falado e esperado carnaval, republico esse artigo de 2016, onde alguns santos e santas dão a sua opinião sobre essa "festa". Tenho ouvido de muitos católicos que o carnaval não tem problema algum quando se brinca sem maldade, ora, já dizia santo Agostinho... "satanás é como um cão amarrado, só vai te morder se você for perto dele", assim também é quando se brinca o carnaval "sem maldade", estaremos dando brechas para o inimigo atacar e fazer de nós o que quiser. Não tem essa de "brincar sem maldade". Vejamos a opinião de alguns santos quando o carnaval ainda era uma festa totalmente diferente da que se tem hoje.
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Santa Faustina Kowalska diz: “Nestes dois últimos dias de carnaval, conheci um grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos nestes dias. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista” (Diário, 926).


Santa Margarida Maria Alacoque escreve: “Numa outra vez, no tempo de carnaval, apresentou-me, após a santa comunhão, sob a forma de Ecce Homo, carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O Sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo, agora”? (Escritos Espirituais).
São Francisco de Sales dizia“O carnaval: tempo de minhas dores e aflições”.  Naqueles dias,  esse santo fazia o retiro espiritual para reparar as graves desordens e o procedimento licencioso de tantos cristãos.O santo, não contente com a vida mais recolhida que então levava, pregava ainda na igreja diante de um auditório numerosíssimo. Tendo conhecimento que algumas pessoas por ele dirigidas, que se relaxavam um pouco nos dias de carnaval, repreendia-as com brandura e exortava-as à comunhão frequente.
São Vicente Férrer dizia: “O carnaval é um tempo infelicíssimo, no qual os cristãos cometem pecados sobre pecados, e correm à rédea solta para a perdição”.
O Servo de Deus João de Foligno dava ao carnaval o nome de: a “Colheita do diabo”.
Santa Catarina de Sena, referindo-se ao carnaval, exclamava entre soluços: “Oh! Que tempo diabólico!”
São Carlos Borromeu jamais podia compreender como os cristãos podiam conservar este perniciosíssimo costume do paganismo. 
Nos dias de Carnaval, o santo castigava o seu corpo com disciplinas e penitências extraordinárias.
Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Não é sem razão mística que a Igreja propõe hoje à nossa meditação, Jesus Cristo predizendo a sua dolorosa Paixão. Deseja a nossa boa Mãe que nós, seus filhos, nos unamos a ela na compaixão de seu divino Esposo, e o consolemos com os nossos obséquios; porquanto, os pecadores, nestes dias mais do que em outros tempos, lhe renovam os ultrajes descritos no Evangelho. Nestes tristes dias os cristãos, e quiçá entre eles alguns dos mais favorecidos, trairão, como Judas, o seu divino Mestre e o entregarão nas mãos do demônio. Eles o trairão, já não às ocultas, senão nas praças e vias públicas, fazendo ostentação de sua traição! Eles o trairão, não por trinta dinheiros, mas por coisas mais vis ainda: pela satisfação de uma paixão, por um torpe prazer e por um divertimento momentâneo. Uma das baixezas mais infames que Jesus Cristo sofreu em sua Paixão, foi que os soldados lhe vendaram os olhos e, como se ele nada visse, o cobriram de escarros, e lhe deram bofetadas, dizendo: Profetiza agora, Cristo, quem te bateu? Ah, meu Senhor! Quantas vezes esses mesmos ignominiosos tormentos não Vos são de novo infligidos nestes dias de extravagância diabólica? Pessoas que se cobrem o rosto com uma máscara, como se Deus assim não pudesse reconhecê-las, não têm vergonha de vomitar em qualquer parte palavras obscenas, cantigas licenciosas, até blasfêmias execráveis contra o Santo Nome de Deus. Sim, pois se, segundo a palavra do Apóstolo, cada pecado é uma renovação da crucifixão do Filho de Deus. Nestes dias Jesus será crucificado centenas e milhares de vezes” (Meditações).Por este amigo, a quem o Espírito Santo nos exorta a sermos fiéis no tempo da sua pobreza, podemos entender que é Jesus Cristo, que especialmente nestes dias de carnaval é deixado sozinho pelos homens ingratos e como que reduzido à extrema penúria. Se um só pecado, como dizem as Escrituras, já desonra a Deus, o injuria e o despreza, imagina quanto o divino Redentor deve ficar aflito neste tempo em que são cometidos milhares de pecados de toda a espécie, por toda a condição de pessoas, e quiçá por pessoas que lhe estão consagradas. Jesus Cristo não é mais suscetível de dor; mas, se ainda pudesse sofrer, havia de morrer nestes dias desgraçados e havia de morrer tantas vezes quantas são as ofensas que lhe são feitas.É por isso que os santos, a fim de desagravarem o Senhor de tantos ultrajes, aplicavam-se no tempo de carnaval, de modo especial, ao recolhimento, à penitência, à oração, e multiplicavam os atos de amor, de adoração e de louvor para com o seu Bem-Amado.
Santa Teresa dos Andes escreve: “Nestes três dias de carnaval tivemos o Santíssimo exposto desde a uma, mais ou menos, até pouco antes das 6h. São dias de festa e ao mesmo tempo de tristeza. Podemos fazer tão pouco para reparar tanto pecado”...  (Carta 162)                                     
São Pedro Claver
Um oficial espanhol viu um dia São Pedro Claver com um grande saco às costas.
— Padre, aonde vai com esse saco?
— Vou fazer Carnaval; pois não é tempo de folgança? 
O oficial quer ver o que acontece: acompanha-o.
O Santo entra num hospital. Os doentes alvoroçam-se e fazem-lhe festa; muitos o rodeiam, porque o Santo, passando com eles uma hora alegre, lhes reparte presentes e regalos até esvaziar completamente o saco.
— E agora? – pergunta o oficial.
— Agora venha comigo; vamos à igreja rezar por esses infelizes que, lá fora, julgam que têm o direito de ofender a Deus livremente por ser tempo de Carnaval.

No tempo do carnaval, nossa irmã de Carmelo, Santa Maria Madalena de Pazzi, passava as noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento, oferecendo a Deus o sangue de Jesus Cristo pelos pobres pecadores.
O Bem-aventurado Henrique Suso guardava um jejum rigoroso a fim de expiar as intemperanças cometidas.
São Filipe Néri convocava o povo para visitar com ele os santuários e realizar exercícios de devoção. 






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Nota do autor do blog:
Quando lemos as afirmações e exortações acima, ditas por santos e santas, a respeito do Carnaval, palavras duras e fortes ditas naqueles tempos nos quais o Carnaval ainda era “inocente”, se comparado com o dos tempos atuais, eu me pergunto: imaginem o que diriam esses mesmos santos e santas diante das imoralidades, escândalos, nudez, bebedeiras, desordens, vícios e crimes cometidos no Carnaval do século XXI? Tenho até medo do que seriam capazes de dizer...
E nós somos praticamente obrigados a ouvir as músicas mais indecentes possíveis, a presenciar o "cortejo" de mulheres seminuas e nuas, ver adolescentes de 12 a 16 anos, moças e rapazes embriagados, drogados e cometendo os pecados e vícios os mais escandalosos possíveis! E tudo isso com o apoio das autoridades federais, estaduais e municipais. Que triste! Somente as vozes de poucos se levantam contra essa tempestade de imoralidades cometidas, de forma particular em nosso Brasil, que é mundialmente conhecido como “o país do Carnaval”...

Um comentário:

Anônimo disse...

Carnaval para os verdadeiros católicos são dias de vigilância e oração.

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